terça-feira, 11 de março de 2014

Camponesas entregam pauta de reivindicações para secretária da Mulher

Após a conversa com a secretária da Mulher, Cristina Buarque, as manifestantes jogaram tinta vermelha na escadaria do Palácio da Justiça.



Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Chegou ao fim o protesto das mulheres da Via Campesina em Pernambuco, na tarde desta terça-feira (11), dentro das ações previstas da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Camponesas, realizada todos os anos em março. O grupo foi recebido por uma comissão da Secretaria da Mulher de Pernambuco, coordenado pela secretária Cristina Buarque, e entregou à gestora uma pauta de reivindicações. Em seguida, encerrando o movimento, as manifestantes atravessaram a Praça da República e jogaram tinta vermelha na escadaria do Palácio da Justiça.

A secretária se comprometeu de levar o documento ao governador Eduardo Campos assim que ele retornar ao Recife. Na ocasião, também foi distribuído para as manifestantes um jornal produzido por mulheres do movimento rural do estado. Após o encontro, que aconteceu do lado de fora da sede do Palácio do Governo, a manifestação, que começou por volta de 13h30 em passeata pelas principais ruas da região central da capital, dispersou.

Este ano, a Jornada Nacional das Mulheres da Via Campesina tem como objetivo denunciar o capital estrangeiro na agricultura e chamar a atenção da sociedade para o modelo destrutivo do agronegócio, que ameaça tanto o meio ambiente quanto a soberania alimentar e a vida da população brasileira. Outro objetivo da jornada em Pernambuco é denunciar as ações de violências praticadas contra as mulheres, além da criminalização das lutas populares e da violência que as populações do campo vêm sofrendo em suas lutas pela conquista da terra e do território.

A jornada denuncia os milhares de trabalhadores rurais sem terra e de famílias camponesas, vitimas das ações de violência do estado e do latifúndio. De acordo com a Via Campsina, nos últimos 20 anos, quarenta e oito pessoas foram assassinadas em conflitos agrários, envolvendo altos índices de famílias despejadas, expulsas de suas terras com agressões, perseguições, prisões e ameaças de morte, sendo que a maioria dos casos de violência contra os camponeses e camponesas sequer chegam a ser julgados pela Justiça. Só em 2013, de acordo com dados parciais da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram mais de 10 mil famílias envolvidas em situações conflitos agrários no estado. (Com informações de Alice Souza)

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