terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

VOTAÇÃO Processo de impeachment contra prefeito de Camaragibe entra em votação nesta terça

Postado por Jeozivaldo Cesar

A votação acontecerá após a leitura do pedido realizado pelo líder da oposição na Câmara Municipal


Do JC online
Três denúncias serão incorporadas ao pedido de impeachment contra o prefeito de Camaragibe
Três denúncias serão incorporadas ao pedido de impeachment contra o prefeito de Camaragibe
Reprodução
Mais um capítulo polêmico referente ao município de Camaragibe será escrito nesta terça-feira (26), na Câmara dos Vereadores da cidade. Dessa vez, o presidente da Casa, vereador Toninho (PTB), anunciou que dará início ao processo de impeachment do prefeito Demóstenes Meira (PTB), após a Promotoria de Justiça de Camaragibe e o Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPPE) abrir investigação para apurar suposto ato de improbidade administrativa do gestor.
“Às 9h, lerei e colocarei em votação da maioria o processo de impeachment do prefeito de Camaragibe. É necessário analisar todos os fatos, tem que se dar uma resposta ao povo. Não se pode mais viver assim”, explicou Toninho.
Ainda segundo o vereador, que integra a liderança da oposição na Câmara, a sessão ordinária desta terça reunirá pelo menos três denúncias contra o prefeito Meira para fundamentar a instauração do procedimento interno que visa o afastamento dele. Após o documento ser lido, a própria Casa irá nomear uma comissão de vereadores para cuidar do assunto.
Em seguida, a partir do início do processo, os 13 vereadores terão de oito a 60 dias para votarem pela cassação ou rejeição do pedido. Nesse período, o gestor também deve apresentar sua defesa à Casa Legislativa. Para que seja aprovada uma eventual cassação do prefeito, é necessário dois terços da Câmara, ou seja, nove parlamentares teriam que votar pelo afastamento do prefeito.
“Hoje na Casa são quatro vereadores que formam a oposição, mas já tenho informações que dos outros nove, tem alguns com o interesse que o caso envolvendo o prefeito seja apurado”, acrescentou o vereador.
Procurado pela reportagem, o prefeito Demóstenes Meira não se pronunciou sobre o assunto.

DENÚNCIAS

Das três denúncias que serão incorporadas ao pedido de impeachment, estão as mensagens de voz que Demóstenes compartilhou no WhatsApp, determinando que os ocupantes de cargos comissionados comparecessem ao show de sua noiva, a cantora Taty Dantas.
O vereador também irá anexar ao pedido os “constantes atrasos” nos repasses do município ao Fundo de Previdência dos Servidores Municipais que, segundo ele, geraram multa de R$ 380 mil à prefeitura, além de supostas irregularidades no asfaltamento de 13 ruas e falta de licitação em obras.

MEC envia slogan de campanha de Bolsonaro para ser lido em todas as escolas

Postado por Jeozivaldo Cesar

Ministério pede que mensagem de ministro seja reproduzida e que "professores, alunos e funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil e que seja executado o Hino Nacional"

Proposta educação Bolsonaro
Alunos formam fila em colégio da Polícia Militar em Porto Velho. Secom/Rondônia
O Ministério da Educação (MEC), comandando por Ricardo Vélez Rodríguez, enviou para todas as escolas públicas e privadas do país um e-mail pedindo para que, no primeiro dia de aula, "professores, alunos e demais funcionários da escola fiquem perfilados diante da bandeira do Brasil, se houver na unidade de ensino, e que seja executado o Hino Nacional". Além disso, o texto pedia para que fosse lida uma carta de Vélez que dizia o seguinte: "Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de você, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!". A palavra de ordem no final da carta foi utilizada ao longo da campanha do presidente Jair Bolsonaro — já seu Governo adotou como slogan "Pátria Amada Brasil".

O e-mail e a carta foram primeiramente divulgados pelo jornal O Estado de S. Paulo, mas o MEC confirmou seu conteúdo ao EL PAÍS. Disse ainda que se tratava "um pedido de cumprimento voluntário" que faz parte "da política de incentivo à valorização dos símbolos nacionais". A mensagem ainda solicitava "que um representante da escola filme (pode ser com celular) trechos curtos da leitura da carta e da execução do Hino Nacional. E que, em seguida, envie o arquivo de vídeo (em tamanho menor do que 25 MB) com os dados da escola". As imagens deveriam ser enviadas para os correios eletrônicos da assessoria de imprensa do próprio MEC e da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.
Para Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da FGV e ex-secretária de Educação da cidade do Rio de Janeiro (2009-2014), o problema maior não é pedir que se cante o Hino Nacional. "Acho até positivo, faz parte da educação de um jovem a educação cívica — não como matéria. Quando eu fui secretária no Rio, a gente determinou que toda segunda-feira se cantaria o hino. Em vários municípios se canta o hino. Canta-se menos em escolas privadas que em públicas, não foi uma tradição que se perdeu", explica. Além disso, o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em 2009 uma lei que obriga a execução do Hino uma vez por semana nos centros públicos e privados do ensino fundamental. "O que eu vejo de errado é associar cantar o Hino com um slogan de campanha", acrescenta Costin.
MEC envia slogan de campanha de Bolsonaro para ser lido em todas as escolas
Outro problema que Costin enxerga é a solicitação para que alunos sejam filmados. "Todo educador sabe que para tirar fotos você precisa de autorização dos pais, porque são menores de idade. Isso demandaria uma logística um pouco complexa", argumenta. Já o MEC esclareceu que, "após o recebimento das gravações, será feita uma seleção das imagens com trechos da leitura da carta por um representante da escola. Antes de qualquer divulgação, será solicitada autorização legal da pessoa filmada ou de seu responsável".
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Vélez é um dos ministros indicados por Olavo de Carvalho, guru da extrema direita brasileira. Ambos defendem acabar com uma suposta "doutrinação ideológica marxista" sobre os 48,6 milhões de estudantes matriculados nas escolas da educação básica e os 8,3 milhões de alunos do ensino superior (dados do último Censo Escolar, de 2017). Desde que foi empossado, Vélez já defendeu a volta da disciplina de moral e cívica no curriculum do ensino fundamental, para que os estudantes aprendam a ser brasileiros, retomem "valores fundamentais" e saibam quais são "nossos heróis". Ele chegou a dizer em entrevista à revista Veja que o brasileiro, quando viaja, "rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola".
O ministro também já argumentou que a universidade "não é para todos", uma afirmação que causou alvoroço em um país que assistiu, nos últimos anos, políticas de inclusão social e racial nos centros de Ensino Superior públicos. "A Educação tem uma série de desafios. O que eu sinto é que estamos discutindo questões menos relevantes ao invés de fazer aquilo que é necessário para dar um salto de qualidade na Educação", opina Costin. "Isso demanda, por exemplo, melhorar a carreira do professor e trabalhar com as universidades para melhorar a formação do professor, e não de atos visíveis que não representam de verdade o que deveria ser feito", acrescenta.
Parlamentares de oposição vem argumentando que Vélez cometeu improbidade administrativa, um crime de responsabilidade. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) anunciou que vai apresentar uma denúncia contra o ministro.

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