sábado, 1 de fevereiro de 2014

Protesto interdita a BR-408 e termina com ônibus incendiado

Batalhão de Choque chegou por volta das 20h, e conseguiu desobstruir a via

- Stella Soares e Wagner Santosdo FolhaPE
De acordo com a polícia Militar, manifestantes resolveram atear fogo em um ônibus
Um protesto realizado na BR-408, no distrito de Guadalajara, nas proximidades do município de Paudalho, impediu o tráfego de veículos no local. Segundo motoristas que trafegavam na via, o congestionamento teve início por volta das 14h, horário do início da queima de pneus na rodovia. O trânsito só foi liberado por volta das 20h10, com a chegada do Batalhão de Choque da PM e do Corpo de Bombeiros, que já havia apagado o fogo mais cedo, mas os manifestantes voltaram a atear o fogo após a saída da viatura. Não satisfeitos, alguns deles resolveram depredar e incendiar um ônibus da empresa 1002, que estava preso ao engarrafamento. 
Segundo informações dos populares, o trânsito foi afetado até a altura da Arena Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O motivo da revolta, segundo eles, foi o atropelamento de uma mulher, ocorrido mais cedo. Eles reivindicam uma passarela no local, onde frequentemente são registrados acidentes.
Em contrapartida à denúncia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF-PE), respondeu que não houve registro de atropelamento no local, nesta sexta-feira. Ainda segundo a PRF, duas viaturas da corporação, além de uma viatura da Polícia Militar, tentaram desde cedo a negociação para a liberação da via. 

Operadora de telefonia é multada em R$ 1 milhão e terá de ampliar rede em 120 dias

Caso não consiga se adequar, empresa ficará proibida de comercializar novas linhas


A TIM foi condenada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) ao pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos a consumidores pernambucanos, em decorrência da má prestação de serviços de telefonia móvel. A inédita decisão no Estado é uma resposta à ação civil pública proposta pela Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor (Adeccon) e a Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Pernambuco (OAB-PE), em novembro de 2011.
Caso não comprove que todas as providências necessárias, como a ampliação da rede, em 120 dias, a empresa poderá ficar proibida de comercializar novas linhas. No entanto, o pagamento da multa terá de ser feito será destinado ao Fundo Federal de Defesa de Direitos Difusos, conforme previsto no Art. 13 da Lei 7.347/85 – que trata das ações civis públicas.
Uma das reclamações dos clientes na época é a de que havia dificuldades em completarem ou manterem uma chamada devido à precariedade do sinal. Se for proibida de comercializar novas linhas ou efetuar portabilidades, a operadora terá, ainda, que arcar com uma multa de R$ 10 mil para cada novo chip habilitado, até que efetue a devida ampliação da rede.

Itamaraty concede cidadania à filha de brasileira detida nos EUA


Pernambucana acusa ex-marido de crime sexual contra a garota de 6 anos.
Com a mãe presa e o pai sob investigação, menina está em abrigo no Texas.

Do G1 PE
Criança está sob os cuidados de representantes do Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar norte-americano (Foto: Reprodução / Facebook)Criança está sob os cuidados de representantes do Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar norte-americano (Foto: Reprodução / Facebook)
O Itamaraty informou, nesta sexta-feira (31), que concedeu cidadania brasileira à filha da pernambucana Karla Janine Albuquerque, 43 anos, presa nos Estados Unidos há 16 dias por descumprir uma ordem judicial. A menina de 6 anos está em um abrigo no Texas sob os cuidados de representantes do Department of Children and Families (DCF), espécie de conselho tutelar. A mãe dela foi detida porque, sem comunicar ao Poder Judiciário, mudou-se da Flórida para o Texas com a criança, impedindo que o pai visitasse a garota, conforme havia determinado a Corte norte-americana. Karla acusa o ex-marido, Patrick Joseph Galvin, de ter cometido crime sexual contra a menina.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, um representante do consulado brasileiro em Houston colheu a assinatura de Karla na quinta (30) para formalizar a certidão com a nacionalidade brasileira da garota. O documento deve facilitar o acesso da representação diplomática à criança junto às autoridades texanas, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty. Com a mãe detida e o pai sendo investigado pelo suposto crime - Patrick está na lista de “sexual offenders” (criminoso ou transgressor sexual) mantida pela polícia – a guarda da menina deverá ser concedida a um casal de amigos de Karla. A terceira audiência sobre o caso está marcada para o próximo dia 5 de fevereiro.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) também se comprometeu, na última segunda (27), a ajudar a família, que já havia contratado um escritório de advocacia no Texas para fazer a defesa da pernambucana. A OAB-PE garantiu que levará o processo para o Conselho Federal da Ordem, em Brasília, para discutir o assunto com o Itamaraty, além de anunciar que irá prestar apoio financeiro, para que Karla possa pagar custos com advogados nos Estados Unidos.
 A família criou um site para arrecadar fundos e pagar as despesas do processo judicial.Nas duas primeiras audiências, a Justiça determinou que representantes do Department of Children and Families fizessem uma visita técnica à casa do casal que deve ficar com a menina. Agora, a Corte espera o relatório psicossocial para divulgar a decisão.

Nesta sexta, parentes da brasileira participaram de encontro com representantes do Governo de Pernambuco para pedir auxílio no caso. A avó da criança, Kátia Sarmento Martins, defensora pública aposentada que mora no Recife, se reuniu com o secretário-executivo de Articulação Internacional, Rodolfo Ramirez, e representantes da Secretaria da Mulher. O governo estadual contactou o escritório do Itamaraty no Recife que, por sua vez, informou ter disponibilizado um advogado para cuidar do processo.

O processo que corre na Justiça norte-americana prevê, primeiramente, decisão sobre o futuro da menina. Somente depois a Corte avaliará a situação de Karla, que segue detida. Segundo a Delegacia da Flórida, o pai da criança foi condenado por um crime em 1996, mas não chegou a ser preso – passou cinco anos em liberdade condicional e atualmente não cumpre nenhum tipo de pena, mas segue sendo investigado. Ele foi incluído na lista de “sexual ofender” por ter apresentado comportamentos inadequados, sem ter necessariamente consumado um estupro.

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