quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Jornalista é insultada em depoimento na CPMI das Fake News


Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse acreditar que uma repórter da Folha teria "se insinuado sexualmente" a Hans River em troca de informações sobre Bolsonaro

Um ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows insultou nesta terça-feira, 11, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, ao prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News. Hans River do Rio Nascimento disse que a jornalista "queria sair" com ele em troca de informações para uma reportagem.
Ao comentar as acusações, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse não duvidar que a repórter "possa ter se insinuado sexualmente, como disse o senhor Hans, em troca de informações para tentar prejudicar a campanha do presidente Jair Bolsonaro". Após sua participação na CPMI, o filho do presidente ainda postou suas afirmações no Twitter.
Em nota divulgada ontem, a Folha condenou os ataques à jornalista. "A Folha repudia as mentiras e os insultos direcionados à jornalista Patrícia Campos Mello na chamada CPMI das Fake News. O jornal reagirá publicando documentos que mais uma vez comprovam a correção das reportagens sobre o uso ilegal de disparos de redes sociais durante a campanha de 2018. Causam estupefação, ainda, o Congresso Nacional servir de palco ao baixo nível e as insinuações ultrajantes do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)", afirmou o jornal.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também repudiou as "alegações difamatórias" de Eduardo. "É assustador que um agente público use seu canal de comunicação para atacar jornalistas cujas reportagens trazem informações que o desagradam, sobretudo apelando ao machismo e à misoginia", disse a Abraji.
Disparos
O episódio fez com que Patrícia fosse alvo de ofensas machistas nas redes sociais. Em 2018, ela publicou uma série de reportagens sobre a ação de empresas que faziam disparos em massa de mensagens por WhatsApp para influenciar o voto nas eleições presidenciais. A Yacows era uma delas.
No início da sessão da CPMI das Fake News, Hans River também provocou polêmica ao afirmar que o deputado Rui Falcão (PT-SP) o chamou de "favelado" quando o cumprimentou. Falcão disse que se tratava de uma "mentira", reagindo à acusação ao lado de seu correligionário, o senador Humberto Costa (PT-PE). Hans disse mais tarde que teria sido chamado de "periférico". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Falhas no ENEM “não são estatisticamente significativas”A declaração foi feita pelo ministro da educação na Comissão de Educação do Senado

Convidado a falar sobre os problemas com a correção e atribuição de notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse nesta terça-feira (11), durante reunião da Comissão de Educação (CE) do Senado, que as falhas no exame “não são estatisticamente significativas” e que resultaram em notas erradas para apenas 5,1 mil dos cerca de 4 milhões de candidatos que fizeram a prova.
“Cinco mil e cem pessoas do universo de 4 milhões individualmente são relevantes, mas estatisticamente não é significativo. Quando falamos que estatisticamente não é significativo, significa que é zero o impacto”, disse.
Em sua exposição inicial, Weintraub afirmou que veio ao Senado esclarecer “a chuva de fake news” que caiu sobre o Ministério da Educação (MEC) depois da mais recente edição do Enem. Segundo ele, muito do que foi noticiado é “maldade”, “distorção” e “mentira”. Ele atribuiu essas informações falsas a alguns parlamentares, alguns grupos econômicos e algumas famílias que, segundo o ministro, “controlam 70% da mídia”. Para Weintraub, esses grupos “adotaram uma linha extremamente terrorista” para noticiar o problema.
“Teve uma chuva de fake news, mas eu já estou acostumado”, afirmou.
Segundo Weintraub, “foi o melhor Enem de todos os tempos”, “com menor índice de problemas e de menor impacto”. O titular da pasta afirmou que não houve fraude nem vazamento de questões, como ocorrera antes.
“Não estou falando que não teve erro nenhum. Só tem um Enem que vai ser melhor do que esse [de 2019]: o deste ano”, garantiu.
O titular da pasta da Educação atribuiu as falhas a um problema de impressão das provas e cadernos de questões e afirmou que esse tipo de erro já teria ocorrido em edições anteriores do Enem, mas que esta foi primeira vez em que o fato foi percebido. Ele reforçou que as notas foram todas corrigidas antes da inscrição dos candidatos no Sistema de Seleção Unificada (SiSU), que classifica os estudantes para as universidades a partir das notas do Enem.
“Não checamos só as 5,1 mil, nós revisamos 4 milhões de provas e corrigimos novamente com os quatro gabaritos. A gente passou todas as provas por quatro gabaritos para ter certeza que ninguém teria uma nota mais baixa”, disse.
*Da Agência Senado

Faculdade de Direito do Recife é arrombada e perde anos de pesquisa histórica

Postado por Jeozivaldo Cesar

Foram furtados eletrodomésticos, computadores e HDs que continham informações de 4 anos de pesquisa

O Projeto Memória Acadêmica da FDR dedica-se a pesquisar e documentar, não só a história do curso de Direito, como também preservar seu patrimônio e a sua memória / Foto: Divulgação/FDR
O Projeto Memória Acadêmica da FDR dedica-se a pesquisar e documentar, não só a história do curso de Direito, como também preservar seu patrimônio e a sua memória
Foto: Divulgação/FDR
Katarina Moraes

Criminosos arrombaram a Faculdade de Direito do Recife (FDR), localizada no bairro da Boa Vista, na madrugada dessa terça-feira (11), e furtaram computadores e HDs que continham o acervo de quatro anos de pesquisa do Projeto Memória Acadêmica. No material, havia informações históricas e até inéditas sobre a instituição.
Foram levados quatro monitores, dois estabilizadores, três unidades centrais de processamento (CPUs), um microcomputador, um HD que guardava a digitalização de obras raras, um bebedouro, um frigobar, uma cafeteira, uma impressora e objetos domésticos. Os ladrões também furtaram outras salas do prédio atingindo outros projetos da Faculdade.
Segundo informações repassadas por funcionários da faculdade preliminarmente à polícia, os bandidos subiram no telhado e tiveram acesso ao interior do anexo da instituição de ensino por uma janela.
Ainda no dia do ato criminoso, a Polícia Federal em Pernambuco deu início às investigações acerca do arrombamento e furto de equipamentos, fazendo a análise das imagens das câmeras de circuito interno da FDR e de impressões digitais. Funcionários da Faculdade também serão ouvidos.


Qualquer informação que possa levar a captura e identificação dos suspeitos pode ser feita através do disk-denúncia pelo número (81) 3421-9595 que terá sua identificação, sigilo e anonimato preservados.

Projeto Memória Acadêmica

O Projeto Memória Acadêmica da FDR dedica-se a pesquisar e documentar, não só a história do curso de Direito, como também preservar seu patrimônio e a sua memória. Umas das ações mais conhecidas do Projeto é realização de Visitas Guiadas ao Prédio histórico no Centro do Recife. Em 2019, cerca de 300 pessoas participaram do evento.
A instituição possui mais de 192 anos de existência e é a segunda mais importante do Brasil. Diversas personalidades já estudaram nela, tais como Joaquim Nabuco e os ex-governadores Agamenon Magalhães e Roberto Magalhães.

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