Postado por Jeozivaldo Cesar
Por: Cláudia Eloi - Diario de Pernambuco
Publicado em: 23/02/2019 10:07 Atualizado em:
Apolêmica
envolvendo o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), deve
ganhar novo capítulo. Na próxima terça-feira será lido na sessão
plenária da Câmara Municipal, às 9h30, o pedido de impeachment do gestor
da cidade. A iniciativa é dos vereadores de oposição. Para dar mais
munição aos adversários do petebista, está circulando na prefeitura um
manifesto de apoio para que os servidores e cargos comissionados assinem
o documento isentando o prefeito de qualquer tipo de coação.
Por: Cláudia Eloi - Diario de Pernambuco
Publicado em: 23/02/2019 10:07 Atualizado em:
Presidente da Câmara, Toninho Oliveira, rompeu com prefeito e é a favor de saída. Foto: Mandy Oliver / Esp. DP |
Num
áudio vazado na semana passada, Meira exigiu que os auxiliares
participassem de um bloco carnavalesco em que sua noiva e também
secretária de Assistência Social, Taty Dantas, foi uma das atrações no
último domingo. “Nós servidores públicos de Camaragibe, comissionados e
efetivos, de livre e espontânea vontade, com o escopo de contrastar
injustas acusações, manifestamos solidariedade ao prefeito, Demóstenes
Meira...”, diz parte do texto que a reportagem do Diario teve acesso.
Na
semana passada, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou uma
ação civil pública de improbidade administrativa na 1ª Vara Civil da
Comarca de Camaragibe contra Demóstenes Meira, além de sua noiva e do
secretário de Educação do município, Denivaldo Freire Bastos, que é
presidente do bloco Canário Elétrico, onde Taty se apresentou. O MPPE
também abriu procedimento para investigar a prática de intimidação aos
comissionados por parte do prefeito.
Na mesma
sessão da Câmara, da próxima terça-feira, será colocado em votação a Lei
Orçamentaria Anual (LOA) para o exercício de 2019 e o Plano Plurianual
(PPA). O orçamento do município deste ano é de cerca de R$ 334 milhões. O
presidente da Câmara de Vereadores, Toninho Oliveira (PTB) - ex-aliado
de Demóstenes e agora oposição ,- vem tentando sem sucesso aprovar o
orçamento. O petebista afirma que tenta aprovar os dois projetos em
segunda votação desde o início de janeiro, mas, por orientação do
prefeito, a base governista, formada por nove dos 13 vereadores, vem
fazendo manobras políticas não votar.
Se não
votar o orçamento de 2019, haverá problemas financeiros para o
município. “Sem orçamento aprovado, o prejuízo é para a população, já
que a prefeitura não pode comprar medicamentos, realizar nenhum tipo de
obras, fazer licitação, comprar material e merenda escolar e a coleta de
lixo terá que parar. É um colapso para a cidade. O adiamento dessa
votação comprova que os vereadores que estão no controle da Casa só
fazem o que o prefeito quer. Vamos tentar mais uma vez aprovar na
terça-feira”, informou.
Por meio da assessoria
de comunicação, a prefeitura informou que desconhece a solicitação de
impeachment contra o prefeito Meira e nenhuma notificação sobre o
assunto chegou ao órgão municipal ou ao gestor do executivo. “Reforçamos
ainda, mais uma vez, que não houve nenhum envolvimento financeiro da
Prefeitura Municipal com a apresentação de Taty Dantas no bloco Canário
Elétrico no último domingo”, informou.
Em
relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) e ao Plano Plurianual (PPA), a
prefeitura afirmou que “os mesmos já tinham sido entregues e aprovados
pela Câmara Municipal, entretanto, após decisão liminar, a sentença foi
suspensa”, afirmou a assessoria. De acordo com a gestão atual, “enquanto
não for aprovada novamente, foi assinado o decreto nº 001, de 31 de
janeiro de 2019, que afirma que o município deve usar até o limite de
1/12 do total de cada dotação, na forma da Proposta do Orçamento
remetida à Câmara Municipal, para todos os serviços essenciais e
inadiáveis para o bom funcionamento da administração pública da cidade”,
justifica o município.