sexta-feira, 3 de julho de 2015

Polícia Federal investiga relações entre CBF e Globo Na TV aberta, a Globo detém monopólio de transmissão dos principais torneios de futebol há quase 40 anos



Polícia Federal que entender como funciona relação da CBF com a Globo

Apesar de a Globo repetir em seu noticiário regular que "as empresas de mídia" não são suspeitas no escândalo internacional de corrupção do futebol mundial, contratos envolvendo a emissora e a CBF fazem parte do "pacote" de documentos que está sendo investigados por agentes da Polícia Federal.
A reportagem do UOL apurou que contratos assinados entre a TV e a entidade em anos passados serão submetidos ao escrutínio de especialistas da PF. Trata-se, inclusive, de parte da colaboração que o país vem fazendo com as investigações do FBI, que jogaram parte da cúpula do futebol mundial na cadeia.
Cabe lembrar que até o momento não recai sobre a Globo nenhuma suspeita, mas como sua relação com a CBF, especialmente a gestão Ricardo Teixeira, foi e ainda é atávica, ela entra no foco da investigação também.
A PF jamais comenta apurações em andamento.

Procurada pela coluna, a Globo afirmou desconhecer qualquer investigação e não quis comentar. Já a CBF afirmou que "a relação de quatro décadas do futebol brasileiro com a TV Globo é um 'case' de sucesso". A entidade afirma ainda que está disponível para prestar quaisquer esclarecimentos às autoridades.
A investigação
A PF quer entender como funcionou a relação entre a gestão do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o Departamento de Esportes da Globo.
Na TV aberta, a Globo detém monopólio de transmissão dos principais torneios de futebol há quase 40 anos.
Em 2011, porém, a TV Record fez uma ofensiva para comprar os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, cujo contrato anterior estava prestes a expirar.
Foi a primeira vez que a Globo viu o rentável setor esportivo ameaçado por outra emissora. Na ocasião, Teixeira já era, havia anos, um suspeito de corrupção.
A pedido da Record, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) passou a investigar os contratos do futebol e concluiu que havia uma ilegalidade: o órgão determinou ao hoje finado Clube dos 13 --que sucedeu a CBF na negociação de direitos de transmissão-- que fizesse uma licitação para definir quem teria direito à transmissão de jogos do futebol brasileiro.
O Cade concluiu que o modelo usado até então só beneficiava a Globo. Diante da inédita decisão, e suspeitando que a Record poderia fazer uma oferta financeira superior à da Globo, a CBF de Teixeira e alguns times, como Corinthians e Flamengo, agiram nos bastidores e implodiram o Clube dos 13.
Mas ele não agiu só. CBF, Globo e outros clubes se uniram para dar rasteira nas pretensões da emissora de Edir Macedo. Com os times mais populares fechando acordo diretamente com a Globo, o caso deixou a alçada do Cade. Em outras palavras, com a negociação ponto a ponto, eles driblaram a licitação.
Com isso, o futebol brasileiro continuou mais uma vez nas mãos exclusivas da Globo.
Rombo
A Globo não ficou ilesa, porém. Sofreu grande perda de dinheiro. A negociação time a time encareceu sobremaneira o preço do futebol. A tal ponto que, estima-se, a Globo teve de gastar quase R$ 1 bilhão a mais do que gastaria antes do "imbroglio" iniciado pela Record.
Teixeira acabou com a imagem ainda mais prejudicada. Na verdade essa foi uma das últimas pás de cal em seu reinado.
"Traição"
O apoio de quatro décadas da CBF à Globo, porém, não impediu a emissora de noticiar os escândalos envolvendo Teixeira e a Fifa, deflagrados ainda em 2011, poucos meses após a complicada manobra que manteve o monopólio do futebol com a TV da família Marinho.
Teixeira ficou revoltado com o noticiário, que considerou uma "traição". Um ano antes havia se gabado à revista "Piauí" de ser praticamente inatacável pela Globo, e que só temeria qualquer denúncia  "no dia em que ela saísse no 'JN'".
Outro lado - CBF
Procurada pelo UOL, a CBF respondeu, por meio de sua Diretoria de Comunicação:

"A relação de quatro décadas do futebol brasileiro com a TV Globo, que envolve não apenas a seleção brasileira, mas também os grandes clubes do país, é um dos maiores cases de sucesso de parceria da história do futebol mundial.

Dois novos presídios vão gerar 862 vagas em Pernambuco As unidades prisionais começaram a ser construídos no início do ano e atualmente estão na fase sinal das intervenções



Presídio de Tacaimbó: Localizado no KM 04 da PE 160 a 3,6 Km do Recife (foto: divulgação)

Pernambuco passará a contar com dois novos presídios. As unidades prisionais de Tacaimbó e de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado, foram visitadas nesta quinta-feira (2) pelo governador Paulo Câmara, e juntas vão gerar 862 vagas.
Segundo a gestão estadual, o objetivo com a abertura das novas unidades é desafogar o sistema prisional pernambucano. Os presídio começaram a ser construídos no início do ano e atualmente estão na fase sinal das intervenções. Apesar disso, o governo não divulgou quando devem ocorrer as inaugurações.
O presídio de Tacaimbó, que está com 90% de sua obra finalizada, terá capacidade para 676 vagas. O equipamento de Santa Cruz do Capibaribe já teve suas intervenções concluídas e terá capacidade para atender 186 reeducandos. 
Presídio de Tacaimbó:
Localizado no KM 04 da PE 160 a 3,6 Km do Recife, a unidade terá uma área construída de 1.473,87m², em um terreno de 8.000m². O valor da obra é de R$ 2.937.246,78.
Presídio de Santa Cruz do Capibaribe: 
Localizado no KM 166 da BR 232, o equipamento terá uma área construída de 9.248,66m², em um terreno de 37.569,12 m². O valor da obra é de R$ 30.560.382,16. 
Rebeliões – O sistema prisional de Pernambuco provou estar mais do que saturado. Em janeiro deste ano, o Complexo do Curado e a Penitenciária Barreto Campelo foram tomados por rebeliões. Vários detentos ficaram feridos e algumas mortes, incluindo a de uma sargento da Polícia Militar, também foram registradas. Foi necessário realizar a transferência de alguns reeducandos para outras unidades.

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