Praça Central da cidade de Itaquitinga-PE |
ITAQUITINGA
RELATOS
DE UMA HISTÓRIA
DE
AREIAS A PEDRA
Escrito por: Jeozivaldo Cesar
Em meados dos anos quarenta um vilarejo de nome não tão
pouco estranho encravado entre obstáculos de sobrevivência um povo vivendo da
agricultura de subsistência, vila ou vilarejo não importa o que importa é que
esse povo superou cresceu e virou o que chamamos de “AREIAS”, onde se percebeu
que era a hora de se expandir para Areias de Goiana, de quem pertencia
territorialmente, outro interesse estava por vim moradores de outras localidades
descobriram, os moradores se espantaram com o fenômeno, famílias se
estabeleceram por aqui o comercio cresceu rapidamente antes era impossível
comprar, até que finalmente o modernismo da época, a população se adaptou
facilmente que é uma característica desse povo em se adaptar, senhores de
engenhos perceberam isso começaram a investir também ao passo de intervir
também na política, de onde partiram os primeiros movimentos de separação
territorial. Mas antes a Vila de Areias muda de nome através do Decreto – Lei
nº 952/1943, lei essa que passou a valer de modo à linha divisória entre os
municípios de Aliança e de Goiana; a partir da foz do riacho Matari-mirin, no
rio Tracunhaém uma reta uma reta até o riacho Condado no engenho do mesmo nome:
daí o por uma reta à foz do riacho Limeirinha, no rio Sirigi até sua foz no
Capibaribe – mirim o terreno adquirido por Goiana, fica pertencendo ao Distrito
do Condado, cujos limites ficam alterados nessa parte. Anos depois o Jornalista
Mario Melo, Geógrafo, historiador e Secretario perpétuo do Instituto Arqueológico
de do Estado de Pernambuco, dedicado asa pesquisas do Município de Goiana,
sugeriu em seu relatório, mudança de nomes de varias cidades e vilas do estado,
com base em uma Lei Federal, que proibia no Pais a existência de duas cidades
como mesmo nome, foi o caso da mudança do nome Areias, vila da comarca de
Goiana, para Itaquitinga devido que já existia no Estado da Paraíba uma cidade
com o nome de Areias, por esse motivo houve a troca do nome.
Segundo Luiz Calda de Tipiriçar, em seu dicionário de
topônimos brasileiros de origem Tupi-guarani – “Itaquitinga” decompõe assim: ita-ky-tinga que quer dizer: “Pedra
branca aguçada”. A mudança entrou em vigor no dia 31 de Dezembro de 1943,
através do Decreto-Lei nº 952/43, do Governo do Estado de Pernambuco. Desde
então chamamos de Itaquitinga o que era (Areias, Areias de
Goiana, Areias de São Sebastião).
Divergência na
história
Após
a proclamação da República foram realizados novos arranjos políticos,
considerando interesses locais e regionais. Um desses arranjos, dado em 1892
por lei municipal, foi a reorganização política do Goiana, então dividido em
cinco distritos, sendo um deles o povoado de São Sebastião de Areias. Em 1943,
por influência de Mário Mello, secretário do Instituto Histórico Arqueológico
Pernambucano, o povoado passou a ser chamado de Itaquitinga. Ainda debate-se o
significado da palavra de origem tupi. Para alguns Itaquitinga significa Areia
Branca (itaqi – tinga), enquanto outros entendem como sendo Pedra branca
aguçada (ita – ky – tinga). Independente do significado, Itaquitinga foi
desmembrado de Goiana em 1963 e instaurado como município autônomo em 1964.
Uma
tradição conta que a ocupação de Areias se deu próximo ao rio Caraú e que teria
sido o Padre Marinho a celebrar missa no local, debaixo de uma gameleira, tendo
os fiéis escolhido São Sebastião como o padroeiro do lugar. Mas também outras
crenças estão presentes, outras igrejas outras religiões.
De lá para cá, nos dias atuais, a cidade de Itaquitinga vem crescendo a lungo prazo isso significa que ha muito o que fazer no campo politico e econômico mostrando-se fragilizada, completar 51 anos de emancipação politica não condiz com o avançar da idade temos que agir rápido para que os nossos sonhos não vire areia novamente, temos que erguer pedra sobre pedra para que tenhamos uma Itaquitinga firme e solida para toda vida.
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Área central da Vila de Itaquitinga Distrito de Goiana - PE (1962 -1963) |