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Foto: Divulgação/PF |
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (25/2), a Operação La Catedral, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa composta por detentos e policiais penais que atuavam no Presídio de Igarassu, em Pernambuco. O grupo promovia a prática de diversos crimes dentro da unidade prisional, incluindo corrupção e tráfico de drogas. O alvo é um ex-diretor do presídio.
A investigação teve início após a identificação de um detento que comandava diversas atividades ilícitas na unidade, contando com o apoio de servidores do sistema prisional. Durante as apurações, foram constatados atos de corrupção passiva praticados por policiais penais, além de acessos indevidos a sistemas internos para favorecer detentos.
Na ação de hoje, estão sendo cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, dois afastamentos de função e o sequestro de bens dos investigados. As medidas ocorrem nas cidades de Recife, Paulista, Goiana, Carpina, Abreu e Lima, Itapissuma, em Pernambuco, em Campo Grande (MS).
Os investigados poderão responder por tráfico e associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, promoção ou facilitação de ingresso de aparelho telefônico em presídio e participação em organização criminosa.
Notas oficiais
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP) emitiu uma nota oficial informando que “não compactua com quaisquer atos ilícitos dentro do sistema prisional de Pernambuco, bem como desvios de conduta por parte de seus servidores”.
O Sindicato dos Policiais Penais do Sistema Penitenciário do Estado de Pernambuco (SINPOLPEN-PE) também se pronunciou: “Reiteramos nosso compromisso com a legalidade, a ética e a defesa dos direitos fundamentais, destacando que todo cidadão tem direito à presunção de inocência, conforme previsto na Constituição Federal”.