Vânia Silva afirmou que há crianças desaparecidas na cidade da RMR.
Denilson, 13 anos, saiu para encontrar treinador de futebol, que está preso.
A mãe do garoto de 13 anos achado morto, na quinta-feira (10), em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, depois de sair de casa para encontrar o treinador de futebol, fez uma denúncia grave, na manhã desta sexta-feira (11). O caso do filho dela, Danilo Teixeira, não seria o primeiro do Engenho Marubara, onde mora a família. Vânia Maria da Silva declarou que o homem de 39 anos, preso 24 horas após o crime e autuado por homicídio, é responsável por mais mortes na periferia da cidade.
A denúncia de Vânia é mais um fato de peso contra o principal suspeito. Ele terá muito trabalho para explicar à polícia os motivos pelos quais deixou uma marca de sangue ao assinar uma documentação do Conselho Tutelar.
Ele negou o crime e fez questão de acusar outra pessoa. No entanto, indicou com precisão o local onde estava o corpo, resgatado com ajuda do Corpo de Bombeiros. Além disso, o professor tem passagem pela polícia e sentença judicial de 12 anos de reclusão por pedofilia. Chegou a ficar quatro anos na cadeia por ter abusado de uma criança, em Mato Grosso.
Para Vânia, é preciso partir logo para elucidar casos antigos de desaparecimento em São Lourenço da Mata. “Tem duas crianças sumidas há um tempo, em Chã de Tábua. Foi no lixão. E esses casos estão engavetados. Tá na hora de a polícia entrar nisso e saber sem tem alguma coisa relacionada”, declarou.
A polícia informou que já está investigando a possibilidade de o suspeito ter feito outras vítimas na cidade.
O caso
O menino saiu de casa por volta das 14h da quarta-feira (9) . Disse para a mãe que encontraria o treinador do time de futebol. Deveria voltar para casa uma hora depois, mas não retornou. Ligou para os parentes pouco depois do horário marcado e garantiu que não demoraria mais.
O menino saiu de casa por volta das 14h da quarta-feira (9) . Disse para a mãe que encontraria o treinador do time de futebol. Deveria voltar para casa uma hora depois, mas não retornou. Ligou para os parentes pouco depois do horário marcado e garantiu que não demoraria mais.
“Liguei e falei com ele mais uma vez. Umas 17h, uma pessoa atendeu o celular e só ouvir ele dizendo ‘socorro mainha, socorro’”. Ele estava desesperado e chorava muito, conta Vânia, salientando que ouviu vozes abafadas. “Eram três vozes de adultos. Não era criança não. Eles abafaram o celular.”
Diante da situação, a mãe e o tio partiram em busca de informações e do paradeiro do garoto. Saíra de moto e não encontraram nada. Pouco antes das 18h, estiveram na Delegacia de São Lourenço para pedir ajuda. “Disseram que a delegacia ia fechar e não poderiam fazer mais nada. Era para eu esperar até o dia seguinte”, lembra a mãe do menino.
Na quinta-feira (10), ela voltou para o distrito policial e soube que não teria apoio da viatura para ir ao Recife para providenciar o teste de DNA. Depois da descoberta do corpo do filho, Vânia ficou ainda mais indignada. Acusou as autoridades de negligência e exigiu providências.
“Como é que deixam um homem que foi preso por abuso de crianças trabalhar como voluntário treinando os meninos daqui do bairro? Como é que ninguém pergunta nada nem investiga a vida de quem trabalha com meninos, ainda mais um foragido?”, indagou. O crime revoltou os moradores de São Lourenço. Neste sábado (12), vizinhos prometem fazer um protesto na região.
Investigação
O delegado Luís Alberto Farias informou à TV Globo que tudo indica que o professor praticou o crime. De acordo com o policial, o acusado entrou em contradição o tempo todo e fez questão de apontar outro envolvido, mas sem nenhuma comprovação. “Ele nos levou até o Engenho Cabaça e mostrou o local do corpo. Também disse que manteve relações sexuais com o menino. O tempo todo negou o assassinato”, observou.
O delegado Luís Alberto Farias informou à TV Globo que tudo indica que o professor praticou o crime. De acordo com o policial, o acusado entrou em contradição o tempo todo e fez questão de apontar outro envolvido, mas sem nenhuma comprovação. “Ele nos levou até o Engenho Cabaça e mostrou o local do corpo. Também disse que manteve relações sexuais com o menino. O tempo todo negou o assassinato”, observou.
A criança levou socos e pontapés. Entretanto, será preciso realizar exame sexológico para poder comprovar se realmente houve abuso. O suspeito está detido no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife
.
.