quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Dono de Fusca incendiado em ato ganha carro


Sensibilizado, empresário de Curitiba doou uma Brasília; serralheiro também recebeu R$ 6,7 mil

Dono de Fusca incendiado em ato ganha carro
"Itamar Santos, de 54 anos: 'Agora estou com dó de colocar ferro nesse carro novo'"

SÃO PAULO - A carcaça totalmente destruída do Fusca 1975, incendiado durante uma manifestação em janeiro, ainda ocupa a oficina do serralheiro Itamar Santos, de 54 anos. Mas o carro ganhou anteontem a companhia de uma Brasília amarela, fabricada em 1980 - mas com cara de novinha. O carro foi doado por um empresário de Curitiba, sensibilizado com a cena do Fusca do trabalhador em chamas na Rua da Consolação, região central de São Paulo.
Itamar voltava da igreja no dia 25 de janeiro quando, ao passar pela manifestação contra a Copa do Mundo, um colchão em chamas ficou preso na roda e o fogo se alastrou. Ele e outras quatro pessoas - entre elas uma criança de 5 anos - foram retirados do veículo em chamas.
Itamar ficou sem o carro que usava com a família e também no trabalho. "Semana passada tive de levar um portão no braço, fiz cinco viagens", conta, já com um sorriso no rosto - que não apresentava logo após o episódio traumático. "Agora estou com dó de colocar ferro nesse carro novo, está 'zero bala'."
A Brasília realmente está um brinco. Estofado impecável, funilaria sem um arranhão e o motor "nos trinques" - resultado de uma revisão mecânica realizada antes da doação. O serralheiro diz que ficou impressionado com o ato. "Fiquei muito feliz, foi uma coisa de coração. Era um carro que o dono não vendia por nada."
O novo carro do serralheiro pertencia a Arlindo Ventura, de 40 anos, conhecido como Magrão. Dono de um bar na capital paranaense e agitador cultural, Magrão viu pela TV o drama de Itamar. "Eu tinha uma reunião importante e fiz uma promessa. Se eu me saísse bem, doaria a 'cabrita'", diz ele, referindo-se ao apelido que deu ao carro.
Magrão havia comprado a Brasília em 2009, depois de ter lavado e cuidado do carro ao longo de 8 anos, quando trabalhou em um estacionamento. "Acho que o carro vai ser útil, mas a parte emocional é difícil aliviar", diz o empresário, ressaltando que seu ato foi uma forma de mostrar que a violência é desnecessária.
Após o episódio, manifestantes e ativistas insistiram que o Fusca foi incendiado acidentalmente. Surgiu pela internet uma corrente para ajudar o serralheiro e tentar compensar o prejuízo. Vários depósitos bancários foram feitos diretamente na conta de Itamar, somando cerca de R$ 7 mil. Uma vaquinha online já arrecadou R$ 6,7 mil - os organizadores pretendem comprar outro carro. "Eles queriam mostrar que não é todo mundo igual, e não é mesmo", disse Itamar.
Quando os organizadores entraram em contato com o serralheiro para falar da "vaquinha", ele recusou no primeiro momento. "Mas depois alguns amigos disseram que eu estava sendo orgulhoso, então resolvi aceitar", diz. Além de carro e dinheiro, Itamar foi presenteado com bolo, pãezinhos e também surgiu mais trabalho. Para dar continuidade à corrente do bem que surgiu a seu favor, ele vai doar a carcaça do Fusca para um catador que vive na sua vizinhança, na zona sul. "Ele é humilde, mas veio prestar solidariedade para mim, acho que vou ajudá-lo."

Motorista é assaltado e mercadoria dos Correios é roubada em Escada


Foto: Divulgação/Polícia Federal
Um caminhão com mercadorias dos Correios foi assaltado na BR-101, próximo à cidade de Maceió, em Alagoas, na terça-feira (18). O motorista do veículo foi encapuzado por quatro homens armados e levado para o município de Escada, na Mata Sul de Pernambuco, onde foi encontrado o caminhão com restos das mercadorias. Detalhes do roubo foram divulgados na manhã desta quarta-feira (19) pela Polícia Federal de Pernambuco.

Os suspeitos estavam em dois veículos e abordaram o caminhoneiro, por volta da meia-noite, em um trecho da pista em que era preciso reduzir a velocidade. Eles levaram câmera fotográfica, tablet, celular e cafeteira, entre outros objetos que eram transportados para entrega. A polícia desconfia de que os homens procuravam por drogas e por isso teriam levado poucos itens do caminhão.

O motorista do caminhão foi transportado em outro carro para um canavial às margens do município de Escada, já em Pernambuco. Lá, o suspeito que dirigia o caminhão e os outros três espalharam a mercadoria do terreno depois de saquear o veículo.

Segundo a Polícia Federal, a mercadoria saiu do Recife e seria entregue na capital alagoana. Os homens ainda não foram identificados, e a polícia não descarta a possibilidade de haver mais pessoas ajudando. Um inquérito policial já foi instaurado e as investigações estão sendo feitas por uma equipe da Polícia Federal.

Para ajudar a Polícia Federal a identificar a localização dos suspeitos, basta ligar para o disk denúncia pelo número (81) 3421.9595.

Idoso morre em casa e tem o rosto devorado por ratos em Caruaru


Foto meramente ilustrativa
José Maria dos Santos, de 67 anos, morava na Avenida São José, no bairro de São Francisco, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e foi encontrado morto dentro de casa pela família. Ele estava sentado em uma cadeira e sangrando, com muitos ratos ao redor do corpo. O corpo foi encontrado por uma sobrinha da vítima. A polícia científica e a polícia militar estiveram no local para fazer o levantamento.

A princípio a suspeita era de homicídio ou de suicídio, mas ficou constatado através de perícia que se tratava de morte súbita e que o sangue que estava no corpo da vítima foi provocado pelas mordidas dos ratos. De acordo com o comissário da polícia civil José Carlos, “o sangramento teria partido de uma parte do nariz da vítima que teria caído comido por ratos”.

Rádio Jornal

Brasil tem a 11ª tarifa de energia mais cara


Mesmo com o pacote de 2012 para reduzir o custo da eletricidade, o Brasil ainda tem a 11ª tarifa mais elevada do mundo, mostra levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O valor é 8,8% superior à média de uma lista de 28 países selecionados pela entidade, que mantém uma espécie de “custômetro” da energia, permanentemente atualizado. Antes das medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff, o Brasil estava na quarta posição.

A tributação responde por boa parte do problema. Segundo a entidade, impostos e contribuições federais e estaduais, mais os encargos setoriais, que são taxas específicas cobradas junto com a conta, respondem por 36,6% da tarifa. Questionado, o Ministério de Minas e Energia não respondeu.

Existe uma explicação para o aumento do peso tributário nas contas de luz. “O consumidor de energia elétrica não tem para onde correr”, resume o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Todo mundo consome e os tributos são “insonegáveis”.

Como consequência, os governos federal e estaduais pesam a mão na hora de cobrar impostos do setor, de forma que hoje as empresas suportam uma carga desproporcional à sua fatia na economia. Pelos cálculos do Acende Brasil, o setor elétrico responde por 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ao mesmo tempo, é responsável por 5,2% do PIS-Cofins e por 8,7% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

DESCONTO - Se esses dois tributos fossem cortados à metade, as tarifas poderiam ter uma redução de 10%, estima Sales. Porém, as possibilidades de isso ocorrer são mínimas.

Há forte resistência dos Estados em abrir mão do ICMS que recolhem na conta de luz. Entre outras coisas, a arrecadação sobre a eletricidade, ao lado das contas de telefone e de combustível, sustenta as receitas estaduais e, em alguns casos, dá fôlego à prática da chamada guerra fiscal. A discussão sobre redução do ICMS estadual, que ganhou algum alento no ano passado agora se encontra parada no Congresso Nacional.

Do lado federal, tampouco há perspectiva de redução do PIS-Cofins. Pelo contrário, a área técnica do Ministério da Fazenda propôs uma total reforma desses tributos, considerados extremamente complexos, mas a discussão parou por causa do impacto que a mudança teria na arrecadação.

A simplificação traria perdas, algo difícil de acomodar num momento em que o governo considera até cortar investimentos para melhorar o resultado de suas contas.

AUMENTO - O que está no horizonte, ao contrário de uma redução, é o aumento dos encargos setoriais. O pacote de redução da energia elétrica aumentou a lista de itens a serem bancados com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), cuja arrecadação é insuficiente para fazer frente às obrigações.

No ano passado, as fontes de receita do CDE geraram R$ 1,9 bilhão. As despesas, por sua vez, atingiram R$ 16,8 bilhões. O Tesouro Nacional precisou injetar recursos para fechar a conta. Para este ano, as estimativas apontam para R$ 18 bilhões em gastos.

A CDE cobre, entre outras coisas, o custo de funcionamento das usinas térmicas, que têm energia cara e foram acionadas por mais tempo do que o esperado por causa da falta de chuvas.

A discussão do momento entre os Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia é quanto ficará a conta das térmicas e quem a pagará: se o consumidor, na conta, ou se o contribuinte, por meio de tributos para ajudar o Tesouro a equilibrar as despesas.

Além desse aumento da CDE, existem no Congresso propostas de novas despesas a serem bancadas pelos encargos. O Acende Brasil detectou pelo menos sete projetos de lei criando novos programas como conceder tarifas subsidiadas para entidades filantrópicas, para agricultores e empreendedores no Polígono das Secas, para usuários de balão de oxigênio e para a aquicultura.

Agência Estado

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