A onda de violência que tomou conta dos presídios do Maranhão, em especial o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, é algo sem precedentes, situação que traz a lume a forma estabanada como o estado é governado pelo clã liderado por José Sarney, o caudilho que instalou na terra do arroz de cuxá a versão verde-amarela do regime excludente do Apartheid.
Quem conhece minimamente o Maranhão sabe que o prazo de sessenta dias concedido pela Justiça para que Roseana Sarney e seus incompetentes assessores reformem e construam presídios no estado, como forma de atender à demanda crescente no sistema prisional, é mera formalidade, pois a governadora não fará em escassos dois meses aquilo que não conseguiu realizar em três anos.
A sociedade brasileira adotou o péssimo hábito de se acostumar com os desmandos dos governantes, sem que os mesmos sejam cobrados de maneira firme e intransigente. A carga tributária imposta aos contribuintes é criminosa, mas o Estado, como um todo, nem de longe dá a devida contrapartida.
No Brasil estabeleceu-se que os transgressores da lei devem ser não apenas punidos pela Justiça, mas sofrer agruras ao longo do cumprimento das penas. Situação que nem de longe consegue recuperar um condenado à privação da liberdade. Roseana Sarney sempre soube das péssimas condições dos presídios maranhenses, mas agora posa de indignada, como se a população desconhecesse o descaramento dos políticos dessa louca Terra de Macunaíma.
Em um país minimamente sério, com autoridades responsáveis e cumpridoras da lei, Roseana já estaria fora do governo e presa por violação dos direitos humanos. Isso só não acontece porque o Maranhão foi transformado em um feudo liderado pela “famiglia” da Praia do Calhau, o que faz com que toda a máquina estatal, não importando o Poder, esteja dominada por capatazes do senador José Sarney e seu grupo.
O mais bisonho nesse trágico enredo é que a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, quem sempre está a postos para criticar qualquer violação cometida por seus adversários políticos, até agora se limitou a dizer que a governadora do Maranhão precisa resolver o problema. Um comportamento duvidoso para quem é adepta da gazeta. Enfim, assim caminha o Brasil, um país onde o “faz de conta”.
FONTE: UCHO
Nenhum comentário:
Postar um comentário