Milhares de pessoas foram às ruas de Paudalho, na noite desta quarta- feira (27), para exigir a votação o Projeto de Lei Orçamentária, referente a suplementação para o orçamento financeiro municipal de 2012. A proposta foi enviada pelo prefeito Fernando Moreira, desde o último dia 21 de Agosto, em caráter de urgência urgentíssima, mas não foi colocada em votação pela mesa diretora, formada pelos vereadores Zé Dinda (PRTB), Ângelo Neto (PV) e Luiz Carlos do sindicato (PSB). Eles são acusados de fazer uma manobra política contra a atual gestão.
Com faixas e cartazes os manifestantes organizaram um apitaço em frente a câmara de vereadores Casa Porfírio João de Oliveira, no centro da cidade. Frases como “Sem dotação não tem merenda, não tem transporte. Vereadores coloquem em pauta e votem” e “A Constituição nos garante direitos essenciais. A suspensão deles é crime”, expressam o objetivo da mobilização.
Um grupo de estudantes, que utilizam o transporte universitário municipal, em um coro reivindicava a liberação de verba para quitação dos salários dos motoristas e a garantia de regularização do serviço. Cerca de 950 estudantes são beneficiados com a condução. Os pronunciamentos dos vereadores se misturaram aos gritos de protesto e expressões de revolta com o impasse.
Para o vereador Gustavo Fuchs (DEM) a proposta independente do parecer técnico e jurídico deve ser votada o quanto antes. “Sou a favor da aprovação e cabe a nós fiscalizar a forma como essa verba será aplicada”, declarou.
Segundo o vereador Ronaldo Lima (PTN) “o povo de Paudalho não merece passar por esta humilhação. Nós queremos justiça, e a justiça é aprovar este projeto que é para o benefício dos paudalhenses”.
O presidente da casa e líder da bancada de oposição vereador Zé Dinda (PRTB), usou seu pronunciamento na tribuna para atacar o prefeito Fernando Moreira com acusações. Ele se recusou a falar sobre o Projeto de Lei por ainda estar sendo apreciado na comissão técnica e jurídica. A Polícia Militar teve que ser acionada para que ele conclui- se sua declaração. “O prefeito está usando a população a ficar contra o Poder Legislativo. Não vai ser sobre pressão que votaremos este projeto”, ressaltou.
A notícia não agradou os manifestantes que continuaram discursando em frente a câmara de vereadores contra o adiamento da votação. Em seguida os estudantes organizaram uma passeata pelo centro comercial da cidade. A expectativa é mobilizar o grupo para um novo protesto nesta quinta- feira (28), na comunidade de Guadalajara.
Medida- Sem a aprovação ficam comprometido os serviços de transporte universitário e da rede estadual e municipal, merenda escolar, compra de medicamento, pagamento de estagiários e outros serviços.
O crédito suplementar solicitado é de R$ 3.655.000,00 (três milhões seiscentos e cinquenta e cinco mil reais) para pagamento da bolsa de estagiários do CIEE, Secretaria de Administração e Finanças, Secretaria de Educação, para a aquisição de equipamentos, conjuntos escolares e três ônibus, merenda escolar, Secretaria de obras destinado a Guarda Municipal, Secretária de Saúde, entre outras.A casa tem até o dia 09 de outubro para votar o Projeto de Lei.
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