sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CRIME Uma vitória contra invasão no Facebook


Recifense, vítima de hacker, ganhou na Justiça direito de ter página removida. Se não cumprir decisão, empresa pagará multa

Publicado em 21/09/2012, às 06h44

Do JC Online

Adriana Magalhães / Bobby Fabisak/JC Imagem

Adriana Magalhães

Bobby Fabisak/JC Imagem

Imagine tentar acessar seu perfil no Facebook, descobrir que a conta foi hackeada e que todas as suas informações privadas armazenadas pela rede social agora estão sob o poder de um invasor. Foi o que aconteceu com a turismóloga recifense Adriana Magalhães, 27 anos. Depois de ter a senha que usava para acessar sua conta modificada por um desconhecido, em abril, ela começou a sofrer as consequências das atitudes do hacker, que passou a se comportar online como se fosse ela.
Adriana chegou a procurar a polícia e registrar boletim de ocorrência. Mas foi a entrada de ação na Justiça solicitando que o Facebook seja obrigado a tirar do ar o perfil invadido que deu à vítima a primeira vitória na luta pelo fim do constrangimento. Agora, o Facebook pagará multa por cada dia que a página hackeada permanecer ativa.
“Ele (o hacker) acessou meu arquivo de conversas privadas, fotografou a tela e publicou o conteúdo no meu perfil, divulgando não apenas a minha privacidade, como a de amigos meus, que confiaram aquelas informações a mim. Foi uma confusão. Criei até outro perfil em meu nome para alertar meus conhecidos sobre a fraude”, explica Adriana.
Apesar da campanha da pernambucana para mobilizar os amigos a denunciar o perfil falso, o Facebook não tirou a página hackeada do ar e o invasor continua a utilizar a rede social com nome, sobrenome e fotos da turismóloga.
“Ele até descobriu que criei um perfil novo e fica me acompanhando por lá. Quando eu mudo minha foto de perfil, ele copia a imagem e coloca a mesma foto na minha antiga página”, relata. O impostor também usa a conta da vítima para conversar com outros internautas, compartilhar mensagens de autoajuda e até dá parabéns aos amigos da recifense quando eles fazem aniversário.
“Foi uma confusão. Criei até outro perfil em meu nome para alertar meus conhecidos sobre a fraude
”turismóloga recifense Adriana Magalhães, 27 anos
Para resolver o impasse, Adriana precisou procurar um advogado para representá-la judicialmente. O defensor, então, entrou com ação requerendo tutela antecipada para que o Facebook finalmente seja obrigado a apagar o perfil invadido. A juíza Karina d’Almeida Lins, titular da 23ª vara cível, determinou, no último dia 14, que a rede social retire do ar a conta invadida, sob pena de multa de R$500 por dia. A juíza firmou um prazo de cinco dias para que o perfil fosse apagado, no entanto, o limite foi extrapolado na última quarta-feira e o site não tomou atitude alguma.

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