Escrito por: Pedro Alessandro Silva
do G1/PE
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) notificou a prefeitura de Paudalho, na Zona da Mata Norte do Estado, por conta da situação do cemitério público do município. De acordo com o MPPE, algumas ossadas estariam expostas e sem identificação. A determinação exige que a administração municipal informe em até cinco dias o prazo para a construção do ossuário. Enquanto as obras não forem concluídas, o município deverá providenciar um local adequado para guardar as ossadas.
O prefeito José Pereira (PSB) afirmou que está sem caixa para fazer a obra, mas que tentará priorizar a construção. “Ainda não recebi a intimação, porém assim que chegar vou encaminhar para minha promotoria negociar para que seja prolongado. É uma obra que requer planejamento, engenharia e tempo. O Ministério Público vai ter que me prender se for assim”, afirmou.
Segundo o promotor de Justiça responsável pelo caso, Carlos Eduardo Seabra, o prefeito teria prometido que em fevereiro deste ano reestruturaria o cemitério. “Ele removeria os corpos sem identificação e os encaminharia para o ossuário”. A decisão seria uma alternativa para tentar liberar espaço no local, que está super lotado.
Assumindo a condição crítica do cemitério, o prefeito Pereira informou que está construindo um novo no distrito de Guadalajara, localizado a 17 quilômetros de Paudalho. Questionado sobre a falta de identificação quando a ossada é transferida a cada dois anos, o prefeito disse que já alinhou com os cuidadores e que não será mais feito dessa maneira. “Era bem pior, os coveiros até recebiam por fora e quem não pagava eles não cuidavam. Isso de não identificar não pode mais acontecer porque se um parente reclamar no futuro vai dar muito rolo para gente”, ponderou o prefeito.
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