sábado, 22 de março de 2014

Barro no ventilador. Ninguém escapa da lambança


Carlos Chagas
 Sai todo mundo mal dessa lambança da compra, pela Petrobrás, de uma refinaria em Pasadena, Estados Unidos. Primeiro a Astra Oil, belga, que comprou a refinaria por 42 milhões de dólares e depois vendeu sua metade por 360 milhões à Petrobrás. Depois a maior empresa brasileira, por achar que essa vigarice era um bom negócio e ter aceito que pagaria como multa mais 360 milhões, caso entrasse em litígio com os vendedores. Nesse capítulo da novela respinga barro no então presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, e seu diretor internacional, Nestor Cerveró.
Não se livra, também, a então presidente do Conselho de Administração e chefe da Casa Civil, hoje presidente da República, Dilma Rousseff, menos por haver aprovado a operação, mais porque agora justifica em nota oficial haver votado a favor baseada num parecer técnica e juridicamente falho e incompleto. Será que ninguém percebeu nada?
Deputados também não escapam de críticas, pois constituíram uma
comissão especial para investigar o escândalo viajando para a Bélgica e a Holanda, onde funciona a Astra Oil. Vão fazer turismo, os
privilegiados parlamentares escolhidos para integrar o grupo.

Esperam o quê da empresa? Que confesse haver passado a perna na Petrobrás? Ou ter distribuído propinas para dirigentes da multinacional brasileira?
Ingenuidade ou vontade de viajar?
 Escrito por Magno Martins, às 12h20

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