Ao mesmo tempo, as mortes por cancro passarão de 8,2 milhões para 13 milhões por ano.
Essas tendências são acompanhadas pelo aumento e o envelhecimento da população e pela adopção de hábitos de risco, como fumar, indica o relatório da Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
«O maior impacto será registado nos países com menores recursos, muitos dos quais mal equipados para enfrentar este aumento dos casos de cancro, declarou a directora da OMS, Margaret Chan.
Os países em desenvolvimento não só padecem dos casos de cancro associados com a pobreza, mas também dos resultados de hábitos adquiridos após conquistar melhores condições de vida, como um maior consumo de álcool e tabaco, o consumo de alimentos processados e falta de exercício físico.
«É necessário um maior compromisso com a prevenção e detecção precoce para lidar com o aumento alarmante na incidência de cancro a nível mundial», indicou o director da IARC, Christopher Wild.
O cancro substituiu as doenças cardíacas como a principal causa de morte a partir de 2011 e o número anual de diagnósticos aumentou de 12,7 milhões em 2008 para 14,1 milhões em 2012.
O relatório destaca a diferença entre os sexos: cerca de 53% dos casos diagnosticados e 57% das mortes ocorrem em homens.
Os tipos de cancro também diferem em função do sexo.
Entre os homens, o mais comum foi nos pulmões (16,7% do total de casos entre o sexo masculino); seguido pelo da próstata (15%), coloretal (10%), estômago (8,5%) e fígado (7,5%).
Entre as mulheres, o mais frequente é o da mama (25,2%), seguido pelo coloretal (9,2%), de pulmões (8,7%), útero (7,9%) e estômago (4,8%).
Há também diferenças regionais: mais de 60% dos casos de cancro e 70% das mortes ocorreram em África, Ásia, América Central e América do Sul, segundo o relatório global.
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