Na ocasião, Eduardo Campos salientou que foi o primeiro governador do país a instituir a Lei do Piso para a categoria, em 2008. "A qualidade da educação é um desafio nacional estratégico para que o Brasil possa crescer", afirmou o gestor.
A taxa atendeu a portaria do Ministério da Educação. O valor é bem aquém do desejado pela categoria, que já agendou assembleia para fevereiro, quando acabam as férias coletivas, e adiantou que não aceitará o aumento sem negociação.
O cálculo do reajuste obedece a portaria que representa a estimativa de aumento do custo de alunos por ano do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), quando instituída, em 2012, a taxa era de 19,2%. No último dia 18, no entanto, a portaria foi corrigida e o índice baixou para 8,32%, valor que deve ser seguido para o reajuste salarial.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a correção levará o piso dos servidores para R$ 1.697,37. Em Pernambuco, os professores do magistério passarão a receber R$ 1.698,09.
"Não aceitamos esse valor. Em janeiro, teremos congressos e, em fevereiro, daremos início à mobilização nacional. Fizemos um levantamento de arrecadação por estado e município e, realmente, o índice teria que cair. Mas, pelas nossas contas, ele ficaria em cerca de 15%", adiantou Heleno Araújo, presidente do Sintepe. "Provavelmente, o anúncio do governador será de 8,32%. Um percentual baixo e sem negociação com a categoria. Desde que a lei do piso entrou em vigor, o anúncio é feito em março e o retroativo é pago. Anunciar logo em janeiro é novidade. Ano de eleições, de Copa, deve ser isso. Mas já avisamos, se o governador anunciar o reajuste nesse valor, vamos nos mobilizar", concluiu Heleno Araújo.
Pernambuco tem 32 mil professores de carreira (concursados) e outros 18 mil temporários. Ainda na pauta de reivindicações da categoria consta a campanha salarial, o reajuste do piso de forma efetiva, a melhoria da qualidade estrutural das instituições e a paridade no pagamento do plano de saúde dos servidores estaduais (Sassepe). De acordo com o Sintepe, os trabalhadores pagam um valor muito maior do que o financiado pelo governo.
Participam da reunião, os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Paulo Câmara (Fazenda), além dos deputados Raquel Lyra (PSB) e Waldemar Borges (PSB).
Assembleia
A categoria está com assembleia marcada para o dia 13 de fevereiro, às 9h, no Teatro Boa Vista, na região central do Recife.
Diário de Pernambuco
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