Seis meses depois de sofrer interdição ética por quase uma semana do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) – em razão do número insuficiente de médicos e problemas de infraestrutura – a maternidade do Centro de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), na Encruzilhada, Zona Norte do Recife, está fechando as portas para reforma. Nas duas últimas semanas o serviço deixou de receber novas pacientes, exceto casos de extrema urgência. E a perspectiva é que a partir de segunda-feira o prédio seja totalmente desocupado para a obra que deve durar no mínimo seis meses. O ambulatório permanecerá aberto, mas gestantes de alto risco, que lá fazem pré-natal, estão sendo transferidas para outras unidades do SUS.
“Estamos definindo um espaço para que nossas equipes de obstetrícia continuem trabalhando em outro local”, explica a diretora do Cisam, Fátima Maia. A ideia inicial era realizar a obra mantendo algum funcionamento da maternidade, mas problemas na parte elétrica do prédio impõem o fechamento total para que os serviços sejam feitos. São 108 leitos a menos para gravidez de alto risco (pré-parto, alojamento conjunto e UTI neonatal) enquanto não houver uma alternativa. Há 27 anos a Maternidade da Encruzilhada não passa por reforma.
Serão recuperados o telhado, o teto, instalações elétricas e melhoradas salas de parto. Conforme a direção da unidade, R$ 6 milhões do governo estadual, repassados à Universidade de Pernambuco (UPE), à qual o Cisam é vinculado, devem ser investidos. Metade desse valor já foi liberada. O concurso para preenchimento das escalas desfalcadas de médicos e pessoal de enfermagem também já foi realizado.
Embora seja uma reivindicação antiga do centro e da comunidade, a reforma está trazendo preocupações. Professores, estudantes, servidores da casa e feministas temem que a obra se estenda por mais de seis meses e prejudique as atividades de assistência, ensino e pesquisa realizadas pelo hospital-escola. Médicos defendem que enquanto durar a obra o atendimento seja feito numa unidade de saúde localizada na mesma região do Cisam.
Embora seja uma reivindicação antiga do centro e da comunidade, a reforma está trazendo preocupações. Professores, estudantes, servidores da casa e feministas temem que a obra se estenda por mais de seis meses e prejudique as atividades de assistência, ensino e pesquisa realizadas pelo hospital-escola. Médicos defendem que enquanto durar a obra o atendimento seja feito numa unidade de saúde localizada na mesma região do Cisam.
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