O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que, apesar de todas as medidas tomadas para acabar com a crise do Sistema Penitenciário do Estado, não garante que os motins, como ocorreram no presídio Barreto Campelo e no Complexo Prisional do Curado na última semana, deixem de acontecer novamente. Segundo o socialista, há uma necessidade de aumento de vagas as cadeias de Pernambuco.
“A situação do sistema prisional não é confortável, nunca foi. A gente tem tido desde o início do nosso governo total compreensão da necessidade de ampliar o número de vagas. (…) Um sistema que é falho, um sistema que está superlotado, é um sistema que precisa realmente de uma prioridade que nós estamos dando, para que no futuro ele precisa ser melhor conduzido” , afirmou o gestor, em entrevista à Rádo CBN, nesta segunda-feira (25).
“O policiamento está reforçado. Nossas equipes estão trabalhando para identificar as causas. Nós vamos ser diligentes a essas questões. Não posso dizer aqui que isso não vai mais acontecer. Agora, o trabalho vai continuar”, disse.
Câmara também detalhou o andamento das obras dos novos presídios que devem ser inaugurados nos próximos meses. “Isso está sendo feito com a construção de Tacaimbó, que já está pronto. Vai funcionar a partir do mês de março. Como também em Araçoiaba, que as obras já começaram. Como também precisamos dar agora o fechamento da questão da caducidade do sistema prisional de Itaquitinga”, explicou o socialista.
O chefe do Executivo Estadual também não descartou a hipótese de desativar o Complexo Prisional do Curado – conforme pedido do Ministério Público de Pernambuco. No entanto, segundo Câmara, a medida só pode ser tomada a longo prazo.
“Realmente o complexo do Curado foi construído numa época diferente dos tempos atuais, inclusive a forma dele, é um presídio muito grande. Hoje se constroem presídios menores, mais afastado dos centros urbanos. Ele (Complexo do Curado) é uma realidade, ele existe, ele precisa ser cuidado agora. Não temos como desativá-lo, não é possível transferir a quantidade de presos que hoje existem lá. Isso é um trabalho a longo prazo, que precisa ser planejado, que precisa de recursos públicos”, frisou.
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