Pontífice também deve passar pela Bolívia e Paraguai; visita reflete interesse de Francisco pelas 'periferias', diz Vaticano.
Francisco já passeou pelas ruas de Quito com o papamóvel, acenando para a multidão que o esperava O papa Francisco chegou neste domingo ao Equador na primeira parada de uma viagem de sete dias por alguns dos países mais pobres da América do Sul. O papa Francisco é o primeiro líder da Igreja Católica a vir de um país da América do Sul, a Argentina. Em 2007, antes de se tornar papa, ele disse durante uma reunião de bispos da América Latina que esta é a região do mundo com maior desigualdade social. Dezenas de milhares de pessoas estavam nas ruas da capital, Quito, esperando a chegada do pontífice. Além do Equador, o papa também deve visitar a Bolívia e o Paraguai, mas não vai passar por seu país. O Vaticano afirmou que a decisão de não visitar os países maiores da América do Sul reflete o interesse do papa pelas "periferias". O Vaticano também informou que esta viagem vai se concentrar na questão da pobreza. Esta é a segunda visita de Francisco à região desde 2013. Durante a visita anterior, no Brasil, ele falou a milhões de pessoas na praia de Copacabana, como parte de um festival da juventude católica.
'Honra'
O presidente do Equador, Rafael Correa, que é de esquerda, afirmou que a visita de Francisco ao país é uma "honra". O trajeto entre o Aeroporto Internacional Mariscal Sucre, em Quito, e a residência do embaixador do Vaticano na cidade, onde o pontífice deve passar a primeira noite de sua visita à América do Sul, durou cerca de uma hora. O papa não tem eventos programados para a noite de domingo. Na manhã de segunda-feira ele deve ir para a cidade litorânea de Guayaquil e deve participar de uma missa onde são esperadas um milhão de pessoas. Para a visita à Bolívia, o papa já teria pedido para mascar folhas de coca, segundo o ministro da Cultura do país, Marko Machicao. A folha de coca, o ingrediente base para a fabricação de cocaína, é usada na região dos Andes há milhares de anos para combater os males causados pela altitude e também como um leve estimulante. E, em setembro, o papa deve visitar Cuba, antes de uma outra viagem aos Estados Unidos. O pontífice teria ajudado na retomada de relações diplomáticas entre os dois países em dezembro de 2014.
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