E assim, publicou-se e divulgou-se uma pesquisa extensa em sites de respaldo internacional, em revistas e congressos da comunidade científica e isso atordoou a comunidade médica defensora da homeopatia e mais ainda, aos usuários desta abordagem terapêutica tão difundida e defendida ao longo dos anos.
Entenda as diferenças
Entenda as diferenças
A Medicina possui duas correntes terapêuticas baseadas na Grécia Antiga e que são fundamentadas no princípio dos contrários e no princípio dos semelhantes. O princípio dos contrários originou a “Alopatia” e a própria Fitoterapia, cujo objetivo é tratar os sintomas das doenças com substâncias que atuam de forma contrária aos sintomas, daí existem os anti-inflamatórios, antiácidos, antidepressivos, antitérmicos, antibióticos, etc.
A homeopatia é fundamentada no princípio dos semelhantes e existe apoiando-se na observação experimental de que toda substância capaz de provocar determinados sintomas numa pessoa sadia pode curar estes mesmos sintomas numa pessoa doente. A princípio parece contraditório, mas encontra correspondência uma vez que o médico homeopata tem como finalidade encontrar um medicamento que foi capaz de causar nos indivíduos sadios sintomas semelhantes (homeo) aos que se desejam combater nos indivíduos doentes, estimulando o organismo a reagir contra a sua enfermidade.
Por muito tempo a Homeopatia foi vista como um sistema científico definido, com uma metodologia de pesquisa própria, apoiada em dados da experimentação farmacológica dos medicamentos em indivíduos humanos (sadios), reproduzidos ao longo dos séculos. E é realmente uma tarefa complicada publicar algo que contraria esta ideia. Como as notícias vieram de fontes científicas, vale a pena discutir e pensar sobre o tema.
A revisão da Australia’s National Health and Medical Research Council foi conduzida por um comitê de peritos médicos, disse que não teve nenhum impacto em uma série de condições e doenças, incluindo asma, artrite, distúrbios do sono, gripes e resfriados, síndrome crônica, eczema, cólera, queimaduras, malária e vício em heroína. A revisão concluiu definitivamente que a homeopatia não foi mais eficaz do que um placebo, ou pelo menos não havia nenhuma evidência confiável para sugerir que era.
“Nenhum estudo bem delineado foi feito com um número de participantes suficiente para um resultado significativo, nem que a homeopatia causou melhora na saúde em relação a uma substância sem efeitos (placebo), ou que a homeopatia causou melhora na saúde em relação aqueles que não receberam tratamento”, diz o resumo do relatório.
O fato é que muitos médicos comemoram os resultados.
Você pode dizer “mas a homeopatia teve sucesso comigo”…
Você pode estar lendo estas linhas e discordando prementemente desse estudo, no entanto, John Dwyer, um imunologista e professor emérito de medicina na University of New South Wales, disse ao Guardian Australia que o relatório atestando a falácia da homeopatia era esperado. Ele acrescenta que “obviamente, nós entendemos o efeito placebo. Sabemos que muitas pessoas têm doenças que são de curta duração, que por sua própria natureza, seus corpos irão curá-los, por isso é muito fácil as pessoas caírem em armadilhas”.
Assim, seria mesmo a homeopatia uma armadilha?
Nesse estudo, existiram inscrições de grupos de interesse em homeopatia e o público estava entre os estudos avaliados pela NHMRC, mas “não alterou as conclusões” do Conselho, em alguns casos, devido à má qualidade dos estudos apresentados. É. Ao que parece, os defensores da bandeira da homeopatia precisam se munir de argumentos mais consistentes para manter ou mesmo resgatar a credibilidade de seus tratamentos.
Gostaria imensamente que você compartilhasse suas experiências em relação aos tratamentos homeopáticos. Conversei com muitas pessoas que possuem opiniões das mais diversas sobre o assunto e será um imenso prazer discutir mais sobre isso com vocês.
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