Diretor da Aneel disse que ainda não há previsão do impacto nas contas de luz nem uma decisão sobre em quanto tempo o montante será diluído nas tarifas
- EBC
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Governo afirmou, porém, que vencimento das concessões, em 2015, irá baratear preço da energia
O governo anunciou nesta quinta que vai autorizar a contratação de um financiamento de R$ 8 bilhões pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para que as distribuidoras paguem suas dividas com as geradoras. O financiamento será ressarcido com aumento de tarifas que será escalonado ao longo do tempo.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que essa poderá ser uma solução estrutural para mitigar as volatilidades do setor, e poderá ser adotada também em anos posteriores. “É uma solução permanente, que esperamos não precisar usar todos os anos”, disse o presidente da CCEE, Luís Eduardo Barata.
Também foi anunciado um aporte adicional do Tesouro de R$ 4 bilhões, além dos R$ 9 bilhões já aportados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O governo decidiu ainda fazer um leilão de energia hidrelétrica e térmica. O objetivo é que as distribuidoras possam contratar energia das geradoras, e não precisar mais recorrer ao mercado livre para comprá-la.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, explicou que as medidas resolvem os problemas financeiros das distribuidoras, e que as soluções foram discutidas anteriormente com as empresas. “Esse problema das distribuidoras não é da responsabilidade delas, elas não estão descontratadas por culpa própria e elas também não têm culpa de ter havido uma seca”, disse.
As distribuidoras de energia têm tido gastos maiores nos últimos meses por causa do aumento do uso de energia de termelétricas, que é mais cara. As termelétricas são mais utilizadas quando há menos água nos reservatórios das hidrelétricas, como está acontecendo neste momento. Além disso, por causa do insucesso na contratação de energia no leilão realizado pelo governo no ano passado, por falta de oferta, as distribuidoras precisaram comprar energia no mercado de curto prazo, que custa mais em épocas de escassez de chuva, para abastecer os consumidores.
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