O país tem tentado há décadas controlar a difusão de informações no Tibete
Foto: Ronaldo Schemidt O líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama
O
Partido Comunista Chinês (PCC), que detém o poder no país, quer
silenciar a voz de Dalai Lama no Tibete, fortalecendo os controles sobre
os meios de comunicação e a internet, informou uma autoridade neste
sábado. O chefe do Partido Comunista da China na região do Tibete, Chen
Quanguo, prometeu "garantir que não se veriam nem se escutariam as vozes
das forças hostis e do grupo de Dalai", em um editorial publicado em um
jornal chamado Qiushi.
As autoridades "irão assegurar que a voz do partido é que será ouvida e vista em todas as partes dessa grande região de 120 milhões de km2", escreveu Chen. A China tem tentado há décadas controlar a difusão de informações no Tibete, mas alguns tibetanos conseguem obter acesso a fontes extraoficiais de informação graças, por exemplo, a exilados políticos, através do rádio, da televisão e da internet.
Mas o PCC tentará acabar com o acesso a essas fontes, criando células do partido em páginas da internet, confiscando antenas de transmissão via satélite e registrando os usuários de telefone e internet, dentre muitas outras medidas citadas no editorial. A China argumenta que o líder espiritual exilado dos tibetanos, Dalai Lama, é "um lobo em pele de cordeiro" e o acusa de organizar os esforços violentos para buscar a independência do Tibete.
Dalai Lama, que fugiu para a Índia em 1959, após uma revolta fracassada contra a China, se diz defensor de uma maior autonomia para os tibetanos, ao invés da independência. Em 1989, ele foi o vencedor do Prêmio Nobel da Paz.
Em seu editorial, Chen se refere ao Tibete como "uma linha de frente da luta contra o separatismo" e prometeu "fortalecer o papel dos comitês do partido em todos os níveis, como o único poder".
As autoridades "irão assegurar que a voz do partido é que será ouvida e vista em todas as partes dessa grande região de 120 milhões de km2", escreveu Chen. A China tem tentado há décadas controlar a difusão de informações no Tibete, mas alguns tibetanos conseguem obter acesso a fontes extraoficiais de informação graças, por exemplo, a exilados políticos, através do rádio, da televisão e da internet.
Mas o PCC tentará acabar com o acesso a essas fontes, criando células do partido em páginas da internet, confiscando antenas de transmissão via satélite e registrando os usuários de telefone e internet, dentre muitas outras medidas citadas no editorial. A China argumenta que o líder espiritual exilado dos tibetanos, Dalai Lama, é "um lobo em pele de cordeiro" e o acusa de organizar os esforços violentos para buscar a independência do Tibete.
Dalai Lama, que fugiu para a Índia em 1959, após uma revolta fracassada contra a China, se diz defensor de uma maior autonomia para os tibetanos, ao invés da independência. Em 1989, ele foi o vencedor do Prêmio Nobel da Paz.
Em seu editorial, Chen se refere ao Tibete como "uma linha de frente da luta contra o separatismo" e prometeu "fortalecer o papel dos comitês do partido em todos os níveis, como o único poder".
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