Em evento da Amupe, na segunda-feira (30), gestores municipais reivindicaram o reajuste do Piso do Magistério e da Saúde, a desoneração do IPI, entre outras coisas
Prefeitos de 77 municípios estiveram presentes ao encontro
Alex Brassan/Divulgação
Prefeitos de 77 municípios do Estado estiveram reunidos ontem, na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para denunciar a “situação de penúria” das cidades e exigir mais comprometimento dos parlamentares pernambucanos com as pautas municipalistas. Eles prometeram pressionar a bancada em Brasília, através da atuação de grupos de trabalho temáticos, durante as votações no Congresso. Estiveram presentes nove deputados federais e os senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB).
A proposta da reunião era discutir as reivindicações das prefeituras. Na pauta, o reajuste do Piso do Magistério e da Saúde, a desoneração do IPI, as alterações do ISS, a PEC dos procuradores municipais, emendas parlamentares, entre outros assuntos. Porém, as discussões giraram em torno principalmente do déficit das prefeituras e a ausência de diálogo entre os prefeitos e parlamentares.
O deputado federal Raul Henry (PMDB), reconheceu que os prefeitos passam por “sacrifício” para gerir os municípios e condenou a concentração do dinheiro na União. “Há uma convergência de fatores no Brasil que tem esvaziado os municípios e fortalecido o governo federal. É uma luta dura”, afirmou.
Além de Henry, marcaram presença no evento os deputados Fernando Ferro (PT), Jorge Côrte Real (PTB), Mendonça Filho (DEM), Augusto Coutinho (Solidariedade), Severino Ninho (PSB), Sílvio Costa (PTB), Bruno Araújo (PSDB) e Pastor Eurico (PSB). Apesar da participação, com exceção de Eurico, todos os outros foram criticados pelos prefeitos por não esperarem o momento do debate. “Os deputados falam e vão embora. Reclamam da ausência dos prefeitos em Brasília, mas não somos nem atendidos no gabinete. A população nos cobra quando deixamos a cidade”, disparou o prefeito de Tuparetama, Dêva Pessoa (PSD).
Durante a reunião foram definidos nove grupos de interesses das prefeituras: previdência, aumento do FPM, desonerações, educação, pisos, programas federais, resíduos sólidos, energia elétrica e Amupe mulher. “Faremos grupos de interesses para acompanhar as votações dos temas no Congresso Nacional, fazer visitas, levantar dados técnicos e exigir que os parlamentares tenham uma posição favorável”, esclareceu o presidente da Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB).
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