Após quebrar a ‘cabeça’ por vários anos em empregos mal sucedidos, o agora autônomo Clóvis Vitorino de Oliveira, de 42 anos, penou, mas conseguiu encontrar uma alternativa eficaz para garantir o sustento da família.
Forrócicleta. Foto Pedro Augusto/Primapagina
Apaixonado por veículos de duas rodas desde criança, ele decidiu utilizar o seu bem mais precioso para criar, em meados de 1999, a ‘Publicicleta’. Equipada com som e espaços para propaganda, no entanto, esse meio de transporte e comunicação se transforma a cada São João de Caruaru. Ela vira a ‘Forrocicleta’, que leva um forró animado aonde quer que o folião esteja, e ainda garante uma boa renda para seu dono. “Posso dizer literalmente que é pedalando que se ganha dinheiro”, diz Clóvis.
A mudança temporária de nome é bastante propícia, já que é justamente no período junino que ele costuma garantir o seu 13º salário. “Nesta época, o faturamento chega a ser redobrado. Tanto que após o São João sempre compro novos produtos para casa e quito grande parte das minhas dívidas. O lucro é certo, até porque não tenho vergonha de realizar esse trabalho. Circulo onde o folião estiver”, comenta Clóvis. Diferentemente das bicicletas habituais, a ‘Forrocicleta’ possui três rodas.
Para se ter uma ideia do sucesso do autônomo com a divulgação de marcas de Caruaru, durante os festejos juninos, um espaço publicitário de 60X22 cm não sai por menos de R$ 200. Já no restante da temporada, diminui para R$ 100. Cliente da ‘Forrocicleta’ há pouco mais de dois anos, o empresário Jorge Farias se diz satisfeito com o retorno proporcionado pelo veículo. “O investimento é pequeno, mas a divulgação é imensa. Somente neste São João encontrei-o sendo abordado por turistas nos polos do Alto do Moura e da Estação Ferroviária.”
Além de ser alvo de curiosos, que tiram muitas fotografias, a ‘Forrocicleta’ também costuma atrair a atenção das pessoas com seus alto-falantes potentes e suas músicas regionais. “Aqui só toca forró. Não tem essa de outros ritmos não. O pessoal até pede para repetir as músicas”, finaliza Clóvis de Oliveira.
Fonte: PrimaPagina/Terra
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