O início da cobrança do segundo pedágio de Pernambuco, no sistema viário que mistura uma nova rodovia rumo ao Litoral Sul e os atuais acessos ao Complexo Industrial Portuário de Suape, foi adiado “para o segundo semestre”, sem nova data definida. De acordo com a Concessionária Rota do Atlântico (CRA) e com a administração de Suape, as chuvas do mês passado atrapalharam a finalização de obras necessárias para o começo efetivo do pagamento de tarifa pelos motoristas.
No complexo, motor econômico de Pernambuco, circulam diariamente 10 mil veículos por dia, em média. O contrato de concessão previa, a valores de 2010, um pedágio de R$ 4,35. Uma consultoria já foi contratada para atualizar o valor, mas o resultado ainda não foi divulgado.
O Complexo Viário e Logístico é mais conhecido como Via Expressa e deveria ter pedágio desde 2011. Mas o governo estadual solicitou que a cobrança fosse adiada para este ano devido ao atraso nas obras dentro dos 43 quilômetros de concessão, um misto de intervenções a cargo da concessionária e da administração de Suape. O contrato com a CRA prevê R$ 450 milhões em investimentos, ao todo.
No início do mês passado, a concessionária informou ao JC que o início do pagamento pelos motoristas seria este mês e começaria pelos acessos já existentes a Suape. Seriam três etapas até o funcionamento pleno da Via Expressa, sendo a segunda em agosto, quando os motoristas ganhariam a opção de entrar e sair de Suape por um complexo de viadutos em frente à fábrica da Caninha 51, no Cabo de Santo Agostinho, e a terceira até o final de novembro, quando ficaria pronta a Via Expressa propriamente dita – uma rodovia de 28 quilômetros que ligará o viaduto em frente à fábrica da Caninha 51 a Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca.
O anúncio do novo adiamento da cobrança do pedágio em Suape coincide com a onda de protestos em todo o País envolvendo o transporte público, manifestação que inclusive fez o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciar na última segunda-feira a suspensão do reajuste anual dos pedágios de todas as 19 concessionárias daquele Estado, que administram juntas 16 mil quilômetros de rodovias.
Em Pernambuco, a CRA e a administração de Suape enfatizam que o adiamento se deu pela incidência de fortes chuvas no mês passado. A concessionária agora fala em apenas duas etapas de cobrança de tarifa, em lugar das três previstas anteriormente.
Confira a íntegra da nota da Concessionária Rota do Atlântico:
“Com relação ao andamento das obras do Complexo Logístico e Viário que vai facilitar o acesso à Suape e ao Litoral Sul, a Concessionária Rota do Atlântico informa que, em virtude das chuvas, a operação da primeira etapa da via expressa, previsto inicialmente para o final do primeiro semestre, acontecerá no segundo semestre deste ano. Para a liberação desta etapa, que terá 21 quilômetros de extensão e três praças de pedágio em funcionamento, estão sendo concluídas a pavimentação da TDR-Norte e as obras do acesso ao ZIP de Suape, que liga a PE-60 ao trecho conhecido como Curva do Boi, contorno da Refinaria.
A segunda etapa do complexo, que completará o total de 43 quilômetros de extensão, e consiste no Complexo de Viadutos próximo ao Hospital Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, e o acesso a Nossa Senhora do Ó, além da ligação da nova via com a PE-28, em Ipojuca, está em fase de terraplanagem e pavimentação.
A Concessionária Rota do Atlântico ressalta que, antes mesmo do início do funcionamento das praças de pedágio, já está operando no trecho da concessão com apoio 24h para os motoristas, por meio do seu Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), que inclui guincho pesado, guincho leve, ambulância de resgate, viaturas de inspeção de tráfego, caminhão pipa e caminhão multifuncional. A Rota do Atlântico também já atua na manutenção do pavimento, dos dispositivos de drenagem, da faixa de domínio, implantação e conservação de equipamentos de segurança como câmeras, radares, painéis de mensagem, placas de sinalização e iluminação.”
Do Ne10
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