O contrato de Diego Souza será até o final da Série B, com renovação automática (Foto: Paulo Paiva/DP )
A
cada dia que passa, o Sport avança um pouco mais nas negociações junto
ao São Paulo para repatriar o atacante Diego Souza. Nesta sexta-feira,
as diretorias dos dois clubes tiveram uma reunião por videoconferência
na qual tentaram resolver o último impasse antes do acerto. No caso, a
divisão do salário do jogador. Mesmo ainda sem um ponto final, a
expectativa dos dirigentes leoninos é positiva. A ideia é resolver tudo
até a próxima segunda-feira. O otimismo é tanto que até um pré-contrato
já está feito.
No
São Paulo, somando salários e luvas, Diego Souza recebe cerca de R$ 600
mil por mês. Decidido a voltar para o Sport, o jogador já abriu mão de
R$ 200 mil. A divisão dos R$ 400 mil restantes é o último nó que falta
ser desatado. Inicialmente, a proposta era para que o clube paulista
seguisse pagando R$ 300 mil, com o Sport se responsabilizando pelos R$
100 mil restantes. No entanto, os dirigentes do tricolor do Morumbi
querem uma divisão mais igualitária.
Sem o
Sport dispôr de recursos, uma das alternativas seria o abatimento da
dívida que o São Paulo tem com o clube pernambucano no valor de R$ 2,2
milhões pela compra em definitivo do meia Everton Felipe. Opção que não é
a preferida nem pelo clube pernambucano, nem por Diego Souza.
De
toda forma, a "novela" não deve ser estender por muito tempo. E o
momento indica um final feliz para os rubro-negros. Essa seria a
terceira passagem do jogador pela Ilha do Retiro. Somando suas duas
primeiras, foram 173 partidas com a camisa do Leão e 57 gols marcados,
sendo 38 deles pela Série A do Campeonato Brasileiro, pelo qual foi
artilheiro em 2016, com 14 gols. Ao lado de Fred, então no Fluminense, e
William Pottker, então na Ponte Preta. Pelo Leão, Diego Souza também
foi convocado para a seleção brasileira, em 2017, e campeão pernambucano
no mesmo ano.
Inicialmente, o contrato de
Diego Souza será até o final da Série B, com renovação automática, com
bônus financeiro, em caso de retorno à Série A do Campeonato Brasileiro.
De acordo com a polícia, três homens encapuzados estavam no veículo e dispararam os tiros
A
Polícia Civil investiga a autoria e motivação do assassinato de um
motociclista nesta sexta-feira (22), na Ilha do Retiro, Área Central do
Recife. De acordo com testemunhas, uma perseguição começou na Estrada
dos Remédios, no mesmo bairro. Jeffberg Augusto da Silva, de 29 anos,
pilotava uma moto quando foi assassinado por homens que estavam em um
Gol branco. Segundo a polícia, três homens encapuzados estavam no
veículo e dispararam os tiros.
O perito do Instituto de
Criminalística Tadeu Cruz conta que Jeffberg ainda pilotou a moto após
ser atingido com seis tiros nas costas.
“A vítima estava vindo
pela Estrada dos Remédios, já estava sendo alvejada e acabou entrando na
rua e acabou colidindo com um veículo. A vítima já ferida quando caiu
no chão os algozes efetuaram vários disparos de arma de fogo”, contou.
Regime Semiaberto
Jeffberg
Augusto era reeducando e estava em regime semiaberto. Tinha saído nesta
sexta do Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, e, no
bolso dele, estava um ofício de autorização de saída para se deslocar
até o cartório e registrar a filha.
Uma briga familiar ocorrida nesta
quinta-feira(21) resultou em dois irmãos feridos. Informações repassadas
a nossa equipe de reportagem, dão conta que um homem com problemas
mentais, identificado como João de Zé de Cosme, tentou matar o próprio
pai a facadas.
No entanto, seu irmão Alan, ficou
sabendo do ocorrido e foi tentar evitar o parricídio. Ao chegar no
local, os irmãos se travaram numa luta sangrenta a golpes de facão. O
resultado final, foi um verdadeiro banho de sangue, com os dois irmãos
gravemente feridos.
Ambos foram socorridos pelo SAMU e
levados para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.
Segundo a esposa de Alan, Paulo já teria tentado matar o pai outra vez.
De
acordo com a polícia, a esposa do acusado relatou que ele teve um surto
psicótico e tentou sacrificar a própria filha. Como foi impedido pela
mulher, o indivíduo a golpeou no abdômen com uma faca peixeira Após
surto psicótico, técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) foi preso em flagrante após tentar matar a esposa e a própria
filha, no início da tarde desta quarta-feira (20), por volta das 12h40,
no município de Goiana, na Região Metropolitana do Recife. Segundo
informações obtidas pelo Blog do Anderson Pereira, o homem identificado
como Ivan Carlos da Silva, de 31 anos, foi preso em sua residência na
Rua Cordeiro de Farias, no centro de Goiana, pelo crime de violência
doméstica após esfaquear o abdômen da esposa com uma faca peixeira. O
envolvido atuava no TRT como agente de segurança judiciária. De
acordo com a polícia, Ivan confessou o crime e afirmou que deu uma
facada na cônjuge para que "ela visse que Deus era grande e existia".
Ele também relatou que a intenção era sacrificar sua filha, de 1 ano e 5
meses, com a faca, mas sua esposa acabou intervindo, se pondo na frente
da criança, momento que Ivan esfaqueou a vítima na barriga. Ela começou
a gritar por socorro e foi socorrida às pressas por vizinhos para o
Hospital Memorial de Goiana, enquanto o agressor permaneceu agindo de
forma bastante tranquila e serena como se nada tivesse ocorrido.
Policiais Militares da 3ª Companhia Independente de Goiana foram
acionados e realizaram a prisão do agressor. Ainda
segundo a polícia, Ivan teria dito que esfaqueou a companheira de forma
intencional e não acidental, uma vez que ela não permitiu que ele
sacrificasse sua filha. "Iria sacrificar minha filha para mostrar que
Deus é grande", mencionou aos policiais. Ao ser questionado sobre a ação
criminosa, o envolvido argumentou que fez o que fez por "um mandado de
Deus". O
homem foi autuado em flagrante delito por tentativa de feminicídio pela
delegada Ana Carolina Guerra da 8ª Delegacia Especializada de
Atendimento à Mulher (DEAM). Ele foi recolhido para o Hospital de
Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), na Ilha de Itamaracá, na
Região Metropolitana do Recife, onde permanecerá à disposição da
Justiça.
Depois
do caso de Meira em Camaragibe, o prefeito João Lira (PSD), da cidade
de Bom Jardim, no Agreste, protagonizou uma cena também inusitada. Ele
discutiu pelo WhatsApp com mães da comunidade de Lago de Negro, zona
rural da cidade.
As
mulheres haviam denunciado o fechamento das escolas municipais na área
rural e reivindicavam o transporte escolar. O prefeito perdeu a linha
chamando de ‘cachorra’, ‘nojenta’, ‘podre’ e outras coisa mais que não
vale a pena ser publicada. Ele ainda mandou elas procurarem a justiça,
“procurem os direitos. Vá para o promotor, juiz e até desembargador”.
Tentamos contato com o prefeito para comentar o fato, mas até a publicação da matéria não tivemos resposta.
Outras
cinco pessoas foram presas em estrada próximo à PE-45, na Zona da Mata.
Bombonas de 20 litros custavam R$ 50 para caminhoneiros e R$ 70 para o
consumidor final.
Ao todo, seis homens foram presos por suspeita de participação em
esquema ilícito de venda de combustíveis — Foto: Polícia
Civil/Divulgação
Um sargento da reserva da Polícia Militar foi preso em flagrante pela
Polícia Civil durante a compra de combustível de origem ilícita em uma
estrada vicinal na zona rural de Escada,
na Zona da Mata de Pernambuco. Outras cinco pessoas foram presas pelo
esquema ilícito, que comercializava gasolina antes de o combustível
chegar aos postos.
Segundo o delegado Edmilson Batista, titular da Delegacia de Roubos e
Furtos de Cargas, o ponto onde ocorreu a prisão, próximo à rodovia
PE-45, era conhecido pelo comércio ilegal de combustível. “Se fizermos
um cálculo levando em conta a rodovia, cerca de 70% dos caminhões que
trafegam por lá paravam nesse trecho”, diz.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil nesta sexta (22), o
esquema consistia na retirada de combustível dos veículos para o
comércio feito por meio de bombonas de 20 litros, que custavam R$ 50
para caminhoneiros e R$ 70 para o consumidor final.
“Em alguns casos, o volume [do caminhão] era complementado com água, o
que gerava um prejuízo para o consumidor final”, afirma Batista. Além do
sargento reformado, dois motoristas de caminhão e três pessoas que
trabalhavam em um posto de combustível foram presas na terça (19).
bustível transportado em caminhões era usado para encher 'bombonas'
que seriam vendidas ilegalmente — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Eles vão responder por crime contra a ordem tributária, receptação
tentada e apropriação indébita majorada. “É possível que outras pessoas
estejam envolvidas no esquema, por isso vamos dar andamento a essas
investigações”, pontua o delegado.
Por meio de nota, a Polícia Militar informa que “não admite nenhuma
atitude fora da legalidade praticada por seus membros e o militar
envolvido na ocorrência, mesmo sendo da Reserva Remunerada, irá
responder a procedimentos internos administrativos”.
A corporação comunica, ainda, que caso seja comprovada a participação
no crime, ele “receberá punição de acordo com a gravidade de sua
autuação, que pode culminar com a expulsão definitiva da PM”.
Evento será realizado no sábado (23) e contará com show da banda Cheiro de Amor.
Desfile da Mulher da Sombrinha será no sábado (23) — Foto: Reprodução/TV Asa Branca/Arquivo
A Prefeitura de Catende,
na Mata Sul, conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça de Pernambuco
(TJPE) nesta sexta-feira (22) e o bloco "Mulher da Sombrinha" será
realizado no sábado (23) no município.
De acordo com o documento, a decisão foi tomada "resguardando a total
proibição ao gestor público, ou seja, ao Prefeito do Município de
Catende, de realizar qualquer gasto adicional".
O bloco contará com apresentações das Charangas e a banda Cheiro de
Amor, a partir das 21h. A concentração será na Avenida Presidente
Getúlio Vargas.
A decisão era para qualquer evento carnavalesco custeado com recursos
públicos do município. Em caso de descumprimento, o prefeito da cidade,
Josibias Cavalcante, poderia ter sido multado em R$ 50 mil.
Mariana
Nunes recebeu R$ 108 mil do PSL em Pernambuco, dois dias antes da
eleição, e teve 1.741 votos para deputada estadual. Outros 13 estados
investigam "candidatos-laranja".
Por G1 PE e TV Globo
MP e Justiça Eleitoral investigam candidaturas laranja em 13 estados
Uma candidata a deputada estadual pelo PSL em
Pernambuco comprou 5 milhões de santinhos e mais de 1 milhão de
adesivos nas 48 horas que antecederam as eleições de 2018. Em todo o
Brasil, ao menos 13 estados têm investigações sobre possíveis
"candidatos-laranja". (Veja vídeo acima)
A gráfica responsável pelas supostas impressões do material de campanha de Mariana Nunes é a mesma utilizada por Lourdes Paixão, que recebeu do PSL R$ 400 mil dias antes do pleito, obteve 274 votos e é investigada por supostamente atuar como "laranja".
O caso de Mariana Nunes foi publicado pelo jornal O Globo, nesta sexta-feira (22). Ela obteve 1.741 votos.
A denúncia sobre suspeita do uso de "laranjas" foi o estopim de uma crise no governo federal, que resultou da demissão de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Bebianno era presidente nacional do PSL, durante as eleições de 2018, e
foi o responsável formal pela distribuição de verbas públicas aos
candidatos do partido nos estados.
As notas fiscais entregues à Justiça Eleitoral por Mariana Nunes
mostram o pagamento de R$ 113.900 à gráfica Itapissu, sendo uma do dia 5
de outubro, no valor de R$ 69 mil, e outra no dia 6 de outubro, de R$
44,9 mil.
Mariana Nunes participou de evento de mulheres do PSL no Recife, mas não quis gravar entrevista — Foto: Reprodução/TV Globo
O endereço da gráfica é alvo de divergências. No local indicado na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, o G1 encontrou uma oficina onde a empresa deveria funcionar.
Segundo os funcionários da oficina de funilaria, o estabelecimento
funciona no galpão desde, ao menos, março de 2018, sete meses antes da
eleição.
Em outro endereço, no bairro dos Aflitos, também na Zona Norte, o G1 constatou que funcionam um café, uma papelaria e salas que são alugadas para cursos.
Informações publicadas no site do TSE mostram que no dia 5 de outubro
de 2018, a campanha de Mariana Nunes recebeu dois repasses da direção
estadual do PSL: um de R$ 50 mil, do Fundo Partidário, e outro de R$ 58
mil, do Fundo Especial.
Nos dias 2 de outubro e 28 de setembro, os repasses da direção para a
então candidata foram de R$ 10 mil, cada, totalizando R$ 20 mil.
Gráfica em que supostas candidatas-laranja do PSL dizem ter impresso santinhos, no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
Nesta sexta-feira (22), Marina Nunes participou de uma reunião de mulheres na sede do PSL, no Recife. A equipe da TV Globo tentou falar com ela, mas uma funcionária do partido informou que ela não gravaria entrevista.
Na mesma gráfica declarada por Mariana ao TSE, a então candidata Maria
de Lourdes Paixão gastou, na semana da eleição, R$ 380 mil em material
de campanha. Também nesta sexta, a TV Globo teve acesso a um novo endereço da empresa, no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife.
Advogado
O advogado Pedro Avelino, que defende a gráfica, disse que a mudança de
endereço aconteceu há cerca de um ano e meio, mas que os proprietários
não informaram à Junta Comercial. No local, existem quatro máquinas de
impressão.
Segundo o advogado, a gráfica tem capacidade de produzir mais de 1,5
milhão de santinhos por hora. Ele afirmou que as duas candidatas fizeram
o material de campanha no local.
"Todo o dinheiro recebido teve notas fiscais emitidas, o material foi
rodado e enviado com protocolo de entrega tanto aos endereços dos
candidatos como também ao próprio comitê dos partidos que têm material
de entrega recebido por funcionários respectivos", afirma o advogado.
Avelino afirma, ainda, que não sabe o porquê dos pagamentos terem sido realizados num período tão próximo das eleições.
"Não sei explicar o porquê elas [Mariana Nunes e Lourdes Paixão]
pagaram em duas ou três parcelas perto das eleições, mas não é incomum
outros candidatos chegarem à reta final da eleição e fazerem grandes
pedidos de santinhos, praguinhas e adesivos", declara.
Outros estados
Na Bahia, Ana Cláudia da Silva Lima foi candidata a deputada federal pelo Democracia Cristã.
As quatro candidatas do partido no estado são suspeitas de ter sido
"laranjas". Ana recebeu 390 votos e gastou R$ 100 mil na campanha, verba
do Fundo Partidário.
Numa gráfica localizada na periferia de Salvador,
Ana declarou ter gasto R$ 79,2 mil, quase 80% do valor total que
recebeu. A empresa é a mesma que teria impresso material de campanha das
outras três candidatas.
Ana disse que assinou os cheques para pagamento da gráfica por
orientação do partido e que o controle das contas de campanha era feito
pelo diretório estadual. "Cada passo que dava, eu preenchia o cheque,
passava, e lá ia sendo contabilizado", afirma.
No Ceará,
outra candidata a deputada estadual do PSL gastou recursos recebidos
pelo partido a dois dias da eleição. Gislani Maia recebeu R$ 150 mil da
direção nacional do partido no dia 5 de outubro e, no mesmo dia,
repassou quase R$ 143 mil para três gráficas, que confeccionaram 4,8
milhões de santinhos. O número de eleitores no estado não chega a 6,5
milhões e ela obteve 3.501 votos.
Gislani foi a única das 18 candidatas mulheres do PSL cearense a receber dinheiro do partido. Procurada pela TV Globo, ela não quis gravar entrevista.
O Jornal Nacional consultou
os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e procuradorias dos estados
para apurar onde há investigações em curso sobre "candidatos-laranja" ou
outras irregularidades de campanha. Alguns não responderam.
Candidata a deputada estadual pelo PR,
Aparecida dos Santos, conhecida como Bugra, recebeu R$ 595 mil do Fundo
Partidário e teve 507 votos. Uma das suspeitas é de que os recursos
atribuídos a candidatas como Bugra tenham sido usados para reforçar o
caixa de outras campanhas do partido.
De acordo com a promotora de Justiça Vera Lúcia Taberti, é possível que
a verba destinada a mulheres acabe sendo utilizada para os candidatos
homens.
"Essa verba que é gasta com a propaganda masculina sai do dinheiro
direcionado para as mulheres, não sai da verba do candidato. Ou seja, as
mulheres ainda são usadas como cabo eleitoral e financiam parte da
campanha masculina", afirma.
Bugra foi candidata a depurada estadual pelo PR em São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo
Quase metade do orçamento de Bugra foi gasta em uma gráfica, a mesma
que o deputado federal Paulo Freire Costa usou em sua campanha. No muro
da casa da candidata, há um cartaz dela ao lado do então candidato, que
foi reeleito com mais de 100 mil votos.
Ainda segundo a promotora, primeiramente, é preciso analisar a
justificativa das candidatas pelo mau desempenho nas eleições, mesmo
tendo recebido altos valores de fundo partidário.
"Vamos fazer um aprofundamento do que foram as despesas delas. Se
constatarmos que houve irregularidades, as contas não são aprovadas,
elas não podem concorrer novamente e pode surgir uma série de coisas,
como instauração de inquérito policial e ação de improbidade
administrativa buscando devolução da verba. Uma investigação maior, até
no âmbito do partido, que teria sido o fraudador", diz.
A ex-candidata a deputada estadual pelo Pros Regiane Mara recebeu R$ 270 mil, mas gastou R$ 20 mil. Por telefone, ela disse à TV Globo que o dinheiro que sobrou foi para outras candidaturas, todas de mulheres.
Antoninha Pereira, ex-candidata pelo PR, usou cerca de R$ 30 mil da
verba eleitoral. Ela teve 60 votos e disse que, com parte do dinheiro,
contratou cabos eleitorais, mas que não teve controle sobre os gastos
com santinhos, em que aparecia sempre com o candidato a deputado federal
Antonio Carlos Rodrigues.
"Era o pessoal do meu advogado que resolvia tudo isso. Da gráfica, era
Antônio Carlos e eles que resolviam tudo isso para mim. Eu só tinha
mesmo o trabalho de contratar as pessoas para trabalhar para mim e
divulgar meu trabalho. Daí para trás, eles é que tomam contam disso aí,
não eu. Eu nem mexo em dinheiro, mexi mesmo no dinheiro que depositaram
na minha conta, eu tenho tudo documentado", diz.
Ela afirma ter se sentido lesada pela quantidade de votos que recebeu.
"Fiz pagamento em cheque, fotografei todos eles, trabalhamos para
caramba. Eu não estava esperando ganhar uma eleição, porque não sou
conhecida publicamente, mas 3 ou 4 mil votos, eu estava esperando. E aí
você recebe mínimo de votos, me senti lesada", afirma.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul, um dos casos que aparecem na Justiça Eleitoral é o da servidora pública Gilsy Arce, do PRB.
Candidata a deputada estadual, ela recebeu do partido R$ 760 mil e
declarou gastos mais de R$ 360 mil com pessoal, que inclui cabos
eleitorais, e quase R$ 90 mil com materiais impressos, como santinhos.
Ela teve 491 votos.
O coordenador de campanha de Gilsy, Edson Bobadilha, disse por telefone à TV Globo
que a prestação de contas mostra que não houve irregularidades e que a
candidata tinha potencial para justificar o investimento do partido.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, as contas de campanha da ex-candidata pelo PSL
Carmen Flores estão sob análise do TRE. Quarta colocada na eleição ao
Senado com 1,5 milhão de votos, a empresária recebeu R$ 200 mil de Fundo
Partidário. A filha dela, Maribel Lopes, alugou um imóvel e sublocou
para o partido, por seis meses, por R$ 40 mil. No local, funcionou o
comitê estadual do PSL.
Os móveis usados no comitê custaram R$ 34 mil e foram comprados numa
loja da franquia que pertence à própria Carmen. A conta de campanha da
candidata recebeu 66 depósitos sucessivos em dinheiro, três dias após o
fim do segundo turno da eleição. As operações somaram R$ 75.680 e foram
feitas na boca do caixa.
O advogado Lucas Ceccacci afirma que os móveis do comitê tiveram preços
abaixo de mercado, que o aluguel do imóvel ficou abaixo da média na
região e negou que houvesse irregularidades na campanha de Carmen.
"Seguiram orientação dos depósitos de pessoas físicas comuns, que a
legislação determina que qualquer pessoa física pode fazer a doação na
boca do caixa de até R$ 1.067. Foi uma opção, que por estar devidamente
registrada, está sendo reconhecida a origem. É uma questão de forma. Aí
vai da interpretação do tribunal ao analisar as contas dela", afirma.
Respostas
O PRB do Mato Grosso do Sul declarou que cumpriu rigorosamente a
aplicação dos recursos e que a direção do partido viu potencial na
candidatura de Gilsy Arce.
O Democracia Cristã afirmou que, na próxima semana, vai ser reunir com o
presidente do partido na Bahia para esclarecer os fatos sobre o repasse
de dinheiro a candidatas.
O Pros, partido de Regiane Mara, disse que faz a doação de recursos a
candidatos com base em prospecções. Segundo a legenda, Regiane mandou
parte da verba que recebeu para 20 candidatas.
O PR, partido de Bugra e Antoninha Pereira e do deputado Paulo Freire
Costa, declarou que os repasses do fundo para os diretórios e legendas
foram feitos dentro da lei.
A assessoria do deputado Antônio Carlos Rodrigues (PR) também afirmou que os repasses foram feitos dentro da lei.
Candidata é suspeita de cometer fraude eleitoral. Foto: Reprodução/Justiça Eleitoral
A secretária administrativa do PSL Maria de Lourdes Paixão (PSL), 68, — que foi candidata a deputada federal — compareceu à sede da Polícia Federal no Recife, nesta quarta-feira (20), para prestar depoimento. Ela é apontada como candidata laranja criada pelo grupo do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Luciano Bivar. Lourdes presta esclarecimentos antes da abertura oficial da investigação.
Maria de Lourdes recebeu R$ 400 mil de contribuição da direção nacional do partido, terceiro maior repasse do PSL, e obteve apenas 276 votos. Segundo a Procuradoria Eleitoral, a ação busca esclarecer os fatos e elucidar eventuais irregularidades. A PRE-PE informou que o caso está sob sigilo e nenhuma outra informação sobre a ação poderá ser fornecida neste momento. A suspeita de fraude eleitoral foi revelada no dia 10 de fevereiro pela Folha de São Paulo.
Do valor total de R$ 400 mil, Maria de Lourdes declarou a Justiça Eleitoral ter gasto R$ 380 mil de recursos públicos em uma gráfica faltando quatro dias para a eleição. Acontece que no local indicado na nota fiscal da Gráfica Itapissu, no Arruda, existe uma oficina de carro que funciona há quase um ano no local, segundo revelou a Folha.
Segundo a PF, Lourdes compareceu na condição de colaboradora para esclarecer informações sobre o uso da verba durante a candidatura. O depoimento é registrado na condição de registro especial porque, até o momento, não há investigação aberta na PF sobre o caso.
Linhas Cargo, F-4000, F-350 e Fiesta serão comercializados até o final dos estoques. De acordo com a marca, a decisão é "um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul".
A Ford anunciou nesta terça-feira (19) que vai fechar a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) neste ano e que vai parar de vender caminhões na América do Sul.
De acordo com a marca, a decisão é "um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul".
Veja os modelos que deixarão de ser vendidos no Brasil quando terminarem os estoques com o fim da produção em São Bernardo:
Fiesta
Cargo
F-4000
F-350
“A Ford está comprometida com a América do Sul por meio da construção de um negócio rentável e sustentável, fortalecendo a oferta de produtos, criando experiências positivas para nossos consumidores e atuando com um modelo de negócios mais ágil, compacto e eficiente”, disse Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
Segundo comunicado divulgado pela fabricante, a medida foi tomada após vários meses de busca por alternativas, que incluíam parcerias e até a venda da operação. O volume excessivo de investimentos para atender às necessidades do mercado e os crescentes custos com itens regulatórios teriam tornado inviável manter um "negócio lucrativo e sustentável".
Entre as iniciativas anunciadas, estão ainda:
redução em mais de 20% dos custos referentes ao quadro de funcionários e à estrutura administrativa em toda a América do Sul;
fortalecimento da linha de produtos com ênfase em SUVs e picapes;
expansão de parcerias globais, como a recente aliança com a Volkswagen.
Consultada pelo G1, a Ford disse que ainda não mensurou a quantidade de funcionários afetados pelo encerramento das atividades da fábrica, mas que haverá um "número significativo". Na unidade trabalham cerca de 3 mil pessoas de diversos outros setores.
A empresa diz que, em conjunto com concessionários e fornecedores, "manterá apoio integral aos consumidores no que se refere a garantias, peças e assistência técnica".
Repercussão
O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André disse que a decisão já era esperada. De acordo com o presidente, Aparecido Inácio da Silva, já havia um processo de negociações que indicava para o fechamento da fábrica.
"Quando um negócio vive em busca de benefícios, se sacrificando ou buscando alternativas pra sobreviver, não há como tornar o saldo positivo", apontou Aparecido.
Em nota, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Miguel Torres, disse que repudia a decisão da Ford, a qual classificou como "irresponsável e perversa".
Segundo ela, a empresa "só visa o lucro e despreza compromissos econômicos e sociais assumidos com a classe trabalhadora, a sociedade, o município e a região". Torres destacou que outra montadora, a GM, também ameaçou fechar fábricas no Brasil e na América do Sulrecentemente.
Custo da saída
A montadora prevê uma despesa extra de US$ 460 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão a câmbio atual) por conta do encerramento das operações.
Desses, cerca de R$ 360 milhões serão gastos na compensação de funcionários demitidos, concessionárias e fornecedores e vão impactar o caixa da empresa. Outros R$ 100 milhões estão relacionados à depreciação acelerada e amortização de ativos fixos – perda de valor de máquinas e estruturas que deixarão de ser utilizadas, por exemplo.
A Ford diz que a maior parte dessas despesas serão contabilizadas em 2019 e que os valores já estão inclusos nos US$ 11 bilhões que ela prevê gastar para reestruturar seus negócios no mundo todo. Desses, R$ 7 bilhões devem afetar o caixa.