Da Redação do Blog — O principal motivo do motim que acontece no Presídio de Segurança Máxima de Itaquitinga é a rixa entre as facções Trem Bala CLS (Comando Litoral Sul) e os Gêmeos de Gaibú. De acordo com o advogado Alexandre Oliveira, o Pavilhão C, que hoje tem a predominância do grupo Trem Bala, estaria para receber integrantes dos Gêmeos de Gaibú numa tentativa de domínio da ala.
Segundo apurou a reportagem, o presídio passou por modificações e, os pavilhões, que antes estavam com os agentes penitenciários, voltaram a ser de responsabilidade dos chamados chaveiros. São eles quem tem o contato direto com os presos e quem viabiliza determinadas regalias em troca de pagamento.
“Todo mundo conhece o esquema que funciona dentro dos presídios, mas ninguém denuncia porque todo mundo se beneficia. Os chaveiros facilitam entrada de armas, drogas, celulares, em troca de dinheiro. E rola muito dinheiro. Tem chaveiro que recebe de R$ 200 a R$ 300 mil por mês. São eles quem manda”, revela uma fonte, complementando que esse dinheiro é rateado com outros agentes, policiais e até mesmo com a direção.
O que se sabe é que Itaquitinga é um caldeirão prestes a explodir e há quem tema, inclusive, um “efeito cascata”. Ou seja, que a rixa se estenda para outros presídios do Estado, como o de Igarassu.
O Outro lado:
Em nota, a Secretaria-Executiva de Ressocialização (Seres) de Pernambuco confirma que detentos de um dos pavilhões realizam um protesto e fazem “algumas reinvindicações”, mas não informou quais seriam os pleitos. No entanto, a pasta disse que as solicitações dos detentos serão avaliadas e consideradas. “O movimento está sob controle, inclusive, sendo acompanhado pela Gerência de Operações e Segurança (GOS/Seres). Os presos com celular serão identificados e punidos”, diz a comunidade da Seres à imprensa.
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