Postado por Jeozivaldo CesaarNesta quinta, peritos criminais devem voltar ao condomínio em Aldeia para fazer novas vistorias na residência onde a família morava
Cardiologista estava desaparecido desde o dia 30 de maio. Foto: Facebook/Reprodução |
A farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, e o filho de 23 anos, suspeitos de assassinar e ocultar o cadáver do médico Denirson Paes da Silva, 54 anos, passaram a noite no Complexo Policial, na Estrada da Batalha, em Prazeres, Jaboatão. Os dois estão em celas separadas no 6º Batalhão da Polícia Militar, que fica no mesmo prédio. A expectativa é de que ainda nesta manhã de quinta-feira (5), mãe e filho sejam levados para a audiência de custódia no Fórum de Jaboatão dos Guararapes. O corpo do médico foi encontrado esquartejado e em avançado estado de decomposição dentro de um poço de 25 metros de profundidade, no Condomínio Torquato de Castro, no Km 13, em Aldeia, Camaragibe, onde a família mora. Ele estava desaparecido desde o dia 30 de maio.
O caso começou a ser investigado no dia 20 de junho, quando a mulher registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Camaragibe, informando o desaparecimento do cardiologista. Segundo a farmacêutica, o marido teria viajado e não retornado para casa. Ele tinha uma viagem marcada para Miami, nos Estados Unidos, no dia 2 de junho. Durante as investigações, a delegada Carmem Lúcia desconfiou da mulher e solicitou um mandado de busca e apreensão na residência da família, que foi realizado nesta quarta-feira (4), quando os policiais encotraram o corpo no poço, localizado no terreno da casa.
Denirson trabalhava no Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), estava de férias em junho e deveria retornar ao serviço nesta quinta (5). A mulher e o filho foram autuados por ocultação de cadáver. A delegada arbitrou uma fiança de R$ 980 mil para cada um. Como a quantia não foi paga, eles permaneceram recolhidos no Complexo Policial em Prazeres.
Na noite desta quarta (4), peritos do Instituto de Criminalística já realizaram uma perícia na residência no condomínio Torquato de Castro, em Aldeia. Eles usaram a substância Luminol, que é capaz de identificar vestígios de sangue, mesmo que tenham sido limpos. Nesta manhã, os peritos devem retornar à residência para uma nova avaliação.
Além do Procape, Denirson Paes também trabalhou em grandes unidades de saúde do Recife, como os hospitais Getúlio Vargas, das Clínicas e do Exército. Formado em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ele também se graduou em direito pela Uninassau. O médico era natural da cidade de Campo Alegre de Lourdes, interior da Bahia.
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