Postado por: Jeozivaldo Cesar
Na madrugada desta quinta-feira (11), bandidos arrombaram a Delegacia de Carpina, e levaram um celular e drogas que estavam guardados como provas de crimes no armário de um dos cartórios. Além de assustar a comunidade, o crime expôs a situação precária do equipamento de segurança pública.
O prédio invadido está condenado pelo setor de engenharia da Polícia Civil. Tem uma grande rachadura no telhado, provocada pela queda de uma árvore. Por isso, foi preciso solicitar uma unidade móvel. Assim, um ônibus fica estacionado na frente da sede para permitir registros de boletins de ocorrência.
De acordo com a Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), a invasão ao prédio mostra a situação complicada na cidade. Dez bandidos entraram na delegacia pelo telhado. Depois, forçaram a porta de alumínio e entraram no cartório. O delegado titular de Carpina, Diego Pinheiro, acredita que os ladrões levaram uma pequena quantidade de crack e maconha.
Diante do caso, Adeppe vai exigir a responsabilização criminal pela situação precária da Delegacia de Carpina. "Indignação é a palavra que vem à cabeça dos delegados de polícia, não temos mais o que dizer", resume o presidente da associação, Francisco Rodrigues.
Depois dessa ocorrência, afirma o delegado Diego Pinheiro, todo o material da delegacia será trancado em uma sala no interior do imóvel. Por isso, o atendimento será interrompido até que a verba para o incremento na segurança seja repassada pelo estado.
Drama
O delegado Diego Pinheiro ressaltou que a situação da unidade já foi motivo de alerta enviado à cúpula da Polícia Civil. “Como houve arrombamentos anteriores nessas salas, eu solicitei verbas para aumentar a segurança dos documentos e equipamentos. Não saiu o dinheiro e aconteceu outro arrombamento", denunciou.
O policial acrescenta que a equipe tem feito o possível para manter o atendimento. “Eu já paguei com meu dinheiro porta e lâmpada para as salas. É para colocar em funcionamento a unidade e para tentar receber melhor a população. Mas o pior de tudo isso é que não podemos trabalhar dessa maneira", afirmou.
O policial revela que atua, hoje, com nove pessoas na delegacia. Na rua, efetivamente, são três homens. E para fazer tudo. Eles trabalham na captura de suspeitos, fazem custódia de presos e atenderam a requisições do Ministério Público e da Justiça.
Em relação aos equipamentos, ele também alerta para a precariedade: “Temos três viaturas. Elas até que não estão na pior situação para circular pela cidade. Mas para viajar, outro dia, tive que pedir um carro para a delegacia seccional da cidade”, declarou.
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