Cerca de 300 policiais compareceram ao sepultamento nesta segunda-feira.
'Entrego a justiça nas mãos de Deus', disse o pai da vítima na despedida.
O corpo do cabo Adriano Batista da Silva, 41 anos, assassinado por um colega de corporação, foi enterrado nesta segunda (31) com honras militares no cemitério Parque das Flores, na Zona Oeste do Recife. Além de parentes e amigos, cerca de 300 PMs compareceram ao sepultamento para prestar as últimas homenagens, de acordo com a Associação de Cabos e Soldados. [Veja vídeo acima]
O pai da vítima, João Batista da Silva, disse que mantém na fé a tentativa de aliviar a dor da perda. "Entrego a justiça nas mãos de Deus e não desejo a justiça dos homens. Meu filho é o filho que todo pai gostaria de ter, era um cara que ligava do trabalho para perguntar como eu e a mãe dele estávamos. Ele gostava do trabalho que fazia", disse.
Amigos e colegas de profissão do cabo lamentaram o ocorrido e ressaltaram o profissionalismo do PM. "Nós perdemos, antes de tudo, um irmão, um amigo, um profissional. Acho que o Adriano era um dos melhores profissionais que tínhamos na nossa unidade", apontou o sargento Márcio Rodrigues."Era um excelente profissional, cumpridor de suas obrigações e um policial militar que gostava de vestir a farda", destacou o capitão Marcos Correia.
O crime aconteceu no domingo (30), em Apipucos, na Zona Norte do Recife. Após uma discussão,o cabo foi morto com um tiro na cabeça por um soldado dentro de uma viatura da Patrulha do Bairro, do 11º Batalhão de Polícia Militar. O Comando da PM não revelou o motivo da briga.
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O cabo chegou a ser socorrido e levado para o Hospital da Restauração, área central do Recife, mas não resistiu ao ferimento. O Comando-Geral da PM decretou luto oficial por três dias, em todas as unidades da coporação.
De acordo com a PM, o domingo seria "o quarto serviço em que a equipe estaria trabalhando junta, não havendo qualquer relato anterior que indicasse desentendimentos entre os componentes da guarnição". Ainda segundo informações da Polícia Militar, o agressor foi preso e recolhido para o 11º BPM, onde foi autuado em flagrante delito. Ele foi encaminhado, na manhã desta segunda, para o presídio militar, o Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed).
Ainda conforme a Polícia Militar, a policial que presenciou o crime deve ser ouvida durante a instrução criminal, que também vai investigar a motivação da briga. Ao fim da instrução, o autor do disparo poderá ser submetido a um processo de licenciamento e ser expulso dos quadros da corporação.
A PM ainda revelou que o autor do disparo "passou por intervenções cirúrgicas neurológicas e, no ano de 2013, foi atendido pelo Núcleo de Apoio ao Dependente Químico (Nadeq), por uso de álcool, e pelo Gabinete de Psiquiatria da Corporação, de onde recebeu alta médica, reabilitando-o para o serviço policial militar".
Bom comportamento
O cabo Adriano Batista era natural de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e estava na corporação há pouco mais de 10 anos. De acordo com a PM, ele era "considerado por todos um bom policial, tinha comportamento excepcional, era casado e tinha um filho".
Em nota, o Comando da PM repudiou "a forma assustadora e violenta em que ocorreu o episódio e já determinou, através do Comando do 11° Batalhão, onde os policiais são lotados, e do Centro de Assistência Social, total apoio aos familiares do PM."
Bom comportamento
O cabo Adriano Batista era natural de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e estava na corporação há pouco mais de 10 anos. De acordo com a PM, ele era "considerado por todos um bom policial, tinha comportamento excepcional, era casado e tinha um filho".
Em nota, o Comando da PM repudiou "a forma assustadora e violenta em que ocorreu o episódio e já determinou, através do Comando do 11° Batalhão, onde os policiais são lotados, e do Centro de Assistência Social, total apoio aos familiares do PM."
O Comando ressaltou ainda "que o crime não choca apenas a sociedade, como também os cerca de 20.300 policiais militares, valorosos homens e mulheres, que na causa da segurança pública dedicam suas vidas para proteger o cidadão em todo território estadual, envergando seus uniformes e patrulhando cada região de Pernambuco com suas mais de 1.000 guarnições lançadas diariamente."
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