sexta-feira, 1 de maio de 2015

Mercado de trabalho apertado cobra comprometimento dos empregados

Dia do Trabalhador
Ainda há o que comemorar no Dia do Trabalhador, segundo especialista em gestão de pessoas / Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Ainda há o que comemorar no Dia do Trabalhador, segundo especialista em gestão de pessoasFoto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas


Em meio às crises políticas e financeiras, poder comemorar o Dia do Trabalhador, celebrado nesta sexta-feira (1º), empregado é uma alegria que cerca de 950 mil pessoas no País não terão este ano. Segundo dados da Pnad Contínua, pesquisa sobre mercado de trabalho em âmbito nacional, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil subiu para 7,4% nos três meses que antecederam fevereiro de 2015. A taxa revela aumento da desocupação na comparação com os três meses anteriores, quando era 6,5%.

Atenta ao cenário negativo, a administradora de empresas Tânia Nobre, especialista em mercado de trabalho e gestão de pessoas, acredita que conseguir emprego hoje em dia já é um ganho importante, mas alerta que é preciso estar disposto a ser participativo e comprometido para seguir trabalhando. “O que acontece hoje em dia é que as pessoas entram nas empresas mas não querem se comprometer com o trabalho. Logo, muitos já estão cobrando muito mais das empresas do que eles mesmos conseguiram dar. Com o mercado apertado, a consequência é apertar as torneiras, daí as demissões”, ressalta ela que também é professora da Universidade Federal Rural de Pernmabuco.

O excesso de animação, no entanto, é apontado pela especialista como uma armadilha. Segundo Tânia Nobre, os jovens trabalhadores chegam cheios de ideias e querendo revolucionar as empresas que já funcionam (bem) há anos. Essa atitude pode ser vista como um desrespeito à história e tradições da organização, em especial se as propostas partirem de alguém que não conhece os meandros da empresa. Para não errar nesse tema, a especialista dá uma dica: “Digo que as pessoas cheguem, conheçam a história da empresa, integrem-se, conquistem seu espaço e ganhem o direito opinar sobre mudanças.”

Individualismo não é bem visto pelo atual mercado de trabalho
Individualismo não é bem visto pelo atual mercado de trabalhoFoto: reprodução
Além do comprometimento e respeito à história da empresa onde se está empregado, os trabalhadores também devem prezar pelo bom relacionamento com a equipe de trabalho. Evitar debates desnecessários, reclamações infundadas e o individualismo são alguns dos conselhos da administradora. “Há empresas e empresas, assim como há funcionários e funcionários. Mas em via de regra quem mais reclama é quem menos produz. O importante é saber o que a empresa tem para lhe oferecer, se não é o que você deseja deve procurar novas oportunidades. Costumo lembrar que ninguém forçou a estar nesta ou naquela empresa, a escolha é de cada um”, ponderou Tânia Nobre que completa: “O que as empresas querem está além da competência técnica, até porque muitos tem capacidade para estar nas vagas. O que se quer é que o funcionário tenha bem desenvolvida a área comportamental, que evite conflitos, intrigas, e que não se compare com os colegas.”

Apesar das dificuldades e cobranças enfrentadas, a especialista em mercado de trabalho acredita que ainda há o que comemorar no Dia do Trabalhador. Segundo ela, aqueles que se comprometem, buscam estar sempre atualizados e tem espírito de equipe têm capacidade de crescer dentro da profissão que escolheu. “Todos devem tentar trabalhar com o que gosta. Passamos a maior parte do nosso dia focados no trabalho, tem que ser uma coisa prazerosa. Acho que a gente tem muitas coisas a se comemorar, mas muitas a se cobrar”, concluiu Tânia Nobre.

MEDO DO DESEMPREGO - Caminhando lado a lado com crise financeira, o medo de ficar desempregada aumenta na população brasileira. O Índice de Medo do Desemprego cresceu 32,1% em março em relação a dezembro de 2014, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, foi o maior crescimento do indicador desde o início da série história, em 1999. Na comparação com março de 2013, o índice está 34,2% mais elevado.

Sendo assim, é fundamental que o trabalhador tenha as ferramentas certas para ocupar o seu espaço no mercado. Para isso, o consultor de carreiras da plataforma de empregos Job1, Renato Mendes, traz dicas importantes para todos os trabalhadores.

COMO ENTRAR NO MERCADO DE TRABALHO:
Mantenha a autoestima

É importante não se enxergar como uma pessoa desempregada e, sim, disponível no mercado de trabalho. Pode parecer a mesma coisa, porém, a palavra desempregado pesa inconscientemente e sobrecarrega ainda mais a situação.

Atualize seu currículo

Deixe sempre seu currículo atualizado e lembre-se de destacar os resultados e conquistas que foram alcançados decorrer da carreira. Isso chama a atenção dos recrutadores e te diferencia entre os demais candidatos.

Valorize o networking

Networking é uma expressão em inglês que representa uma rede de contatos, ou seja, as pessoas que você conhece e os relacionamentos que mantém com elas. De forma resumida, significa que quanto maior for sua rede de contatos, maior será sua possibilidade de conseguir uma colocação profissional, fechar negócios e obter informações privilegiadas.

Participe de cursos e palestras

Além de se atualizar e melhorar seu currículo, você tem a oportunidade de conhecer pessoas novas e ampliar sua rede de contatos

Cadastre seu currículo em plataformas online
Cada vez mais as empresas deixam de lado o processo tradicional de currículo e triagem. 
As plataformas online oferecem opção de cruzamento de dados rápida e eficiente, que coloca seu currículo em contato direto com o empregador que precisa de alguém com o seu perfil. Existe ainda outra vantagem: o currículo on line pode ser alterado a qualquer momento e não corre o risco de ficar desatualizado.
Dados: Job1 - empresa de plataforma de empregos

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