A greve foi deflagrada na sexta-feira da semana passada (10/04)
O secretário de Administração do governo Paulo Câmara, Milton Coelho, informou ao Blog de Jamildo,ainda há pouco, que a gestão entrou na Justiça do Estado, nesta tarde, pedindo a ilegalidade do movimento grevista dos professores da rede estadual.
A greve foi deflagrada na sexta-feira da semana passada.
“Vamos aguardar o pronunciamento da Justiça. Na nossa avaliação, o que aconteceu até aqui foi uma medida de radicalização. E o governo do Estado não pode ficar de braços cruzados, assistindo esse processo de radicalização evoluir, enquanto a população é prejudicada, sem aulas”, declarou, por telefone, de Brasília.
O pedido de socorro ao TJPE ocorre no segundo dia da paralisação, quando a Secretaria de Educação registrou, em levantamento oficial, que que 48% (506 escolas) não paralisaram as atividades, enquanto 31% (319 unidades) paralisaram parcialmente e 21% (220 escolas) aderiram totalmente à paralisação. No primeiro dia, a não adesão havia sido maior.
De acordo com primeiro levantamento feito nas escolas da Rede Estadual de Ensino, referente ao primeiro dia de greve dos professores, na segunda-feira (13), informou-se que 55% das escolas (574 unidades) não haviam paralisado suas atividades, 28% pararam parcialmente (239 escolas) e 22% paralisaram totalmente (232 escolas).
Entre um dia e outro, o fato novo foi a ameaça de corte de ponto por parte do governador Paulo Câmara, caso os funcionários não voltassem ao trabalho. O governo insiste que só negocia com o fim do movimento.
O secretário de Paulo Câmara recusou-se a comentar se a greve era política ou não.
“Não há qualquer justificativa para os professores estarem em greve, a não ser algum elemento que a gente não identificou ainda. O que nós estranhamos é que a CUT, nacionalmente, reconheça as dificuldades do governo Federal e não reconheça as mesmas dificuldades na situação de Pernambuco”, observou.
“O candidato Paulo Câmara prometeu dobrar o salário dos professores em quatro anos e não em quatro meses”, completou.
Além de acionar o Sintepe na Justiça, o secretário Milton Coelho confirmou ainda que o governo do Estado fechou a folha de pagamento de pessoal de abril nesta terça-feira, mas manteve aberta a folha dos professores até pelo menos o dia 20, de modo a poder descontar os dias parados, caso os professores continuem em greve.
“Eles romperam de forma unilateral o processo de negociação. Vamos apurar o máximo de faltas, para efetuar o descontos. Em apenas dois dias, oito mil aulas deixaram de ser dadas, causando grande prejuízo às famílias, já em situação de vulnerabilidade”, afirmou, frisando que o plano do governo era esgotar todas as possibilidades de negociação.
Nota oficial
As mesmas premissas foram reiteradas em uma nota oficial divulgada agora de noite. Veja os termos abaixo.
“O Governo de Pernambuco reafirma que um dos seus principais compromissos é com a qualidade da educação e a valorização dos profissionais de educação.
No entanto, diante da atitude inusitada do Sindicato dos Profissionais em Educação de Pernambuco (Sintepe), em romper com o Estado durante o processo de negociação, decretando greve por tempo indeterminado, o Governo de Pernambuco reitera sua intenção de continuar negociando apenas com a condição da suspensão da greve e consequente retorno ao trabalho.
Enquanto isso, o Governo mantém sua decisão através da Portaria Conjunta entre as secretarias de Administração (SAD) e Educação (SEE) que determina o corte nos salários, dos dias não trabalhados, dos professores que aderiram a grave, a rescisão dos para os docentes temporários e a substituição e transferência para outras unidades dos servidores lotados nas escolas de referência”.
Fonte:
Blog de Jamildo
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