Da Redação Liberdade
O entrave entre médicos e Secretaria Estadual de Saúde causou sua primeira vítima no Hospital Jesus Nazareno (Fusam), em Caruaru, no Agreste pernambucano. A falta de obstetras plantonistas pelo segundo fim de semana seguido resultou no final de uma gestação de dois meses. Em contato com a Central de Jornalismo Liberdade, Jerinete Maria, disse que a filha de 25 anos procurou a unidade, mas mesmo com sangramento, não recebeu atendimento. “Eles aplicaram uma injeção nela, mas não adiantou porque a dor era muito forte, lamentou.
Ainda segundo Jerinete, sua filha, Jaislane Joana, 25 anos, e o futuro neto esperaram o dia todo para receber atendimento do único obstetra de plantão. Ela relatou também que muitas outras gestantes também passaram pelo mesmo problema da filha. “Não era só ela, eram várias com dores. Só tinha um médico e esse médico saiu. Não tinham como prestar assistência às grávidas que tinha lá”, denunciou.
O ex-diretor da Fusam, Frederico Araújo, criticou o posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo ele, a realidade está sendo maquiada para tentar tranquilizar a população. “A Secretaria disse que iria ser feito um remanejamento de médicos para o primeiro final de semana e que o hospital estaria coberto, outra inverdade. Disseram que nesse fim de semana teria dois médicos no sábado e outro no domingo, outra inverdade”, pontuou Frederico Araujo.
O problema já vem sendo denunciado aos órgão responsáveis desde o mês passado pelos próprios médicos e sindicato. Após o estopim da crise, os dois diretores da unidade pediram demissão. De acordo com o ex-diretor médico da Fusam, Frederico Araújo, a justiça estava ciente do que poderia ocorrer.
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