Passe espírita será analisado por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB)
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) vão iniciar um estudo inédito com ‘passe’ espírita. Eles pretendem avaliar a influência da terapêutica energética na redução da ansiedade. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da FMB da Unesp e chega como inovador, uma vez que está pautado pela comunidade científica.
Estudo semelhante foi desenvolvido pelo biólogo pesquisador da Unifesp Ricardo Monezi com o Reiki, técnica de imposição de mãos, com camundongos para saber se a terapêutica interferiria positivamente no tratamento contra o câncer.
Para comprovar a eficácia da terapia, o pesquisador montou três grupo de ratos. O primeiro não recebeu tratamento. O segundo recebeu tratamento falso – a imposição de mãos foi feita com a colocação de luvas presas a duas hastes de madeira e, o último, foi tratado com Reiki.
Ele analisou o comportamento dos linfócitos – que são os responsáveis pela defesa imunológica do organismo – frente a um tumor e constatou que os ratos submetidos ao Reiki mostraram aumento da capacidade de enfrentar a doença. Mesmo com tumores mais agressivos.
Os camundongos foram submetidos ao tratamento durante quatro dias, em sessões de 15 minutos. Para o biólogo, esses resultados afastam a hipótese de que o sucesso do tratamento seja resultado de sugestão psicológica.
O estudo que será realizado pela Unesp/Botucatu, no entanto, será com seres humanos e a aplicação será feita por uma pessoa com formação em espiritismo, explica o professor Luiz Gustavo Modelli.
“O Reiki é uma terapia energética de imposição de mãos. Ela faz a transmissão de uma forma de energia que nós não conseguimos medir, quantificar. O passe é uma terapia energética que tem um cunho mais religioso,” afirma.
Modelli esmiúça o assunto para dirimir qualquer dúvida. “O grupo que será submetido ao tratamento de ‘passe’ recebe a energia de um passista. O outro grupo, recebe a energia de alguém sem essa formação, um placebo. Depois vamos comparar os resultados. Sabemos de antemão que o placebo reduz em 30% os quadros clínicos. Na teoria, o grupo submetido ao tratamento terá que apresentar maior eficácia. Queremos saber se um tem mais potencial que outro na cura ou tratamento da ansiedade,” diz o pesquisador.
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