Timbu bateu Leão por 1x0, na noite desta quinta-feira, pela segunda rodada da Copa do Nordeste
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
O Náutico mostrou com a vitória por 1x0, diante do Sport, na noite desta quinta (23), na Ilha do Retiro, pela Copa do Nordeste, que um clássico se define nos detalhes – e que não existe mesmo favorito. Era considerado inferior tecnicamente pelo pouco tempo de trabalho, mas fez um gol com Zé Mario, aos 39 da etapa inicial, quebrando o tabu de quase dez anos sem vencer o Leão nos seus domínios. O último triunfo tinha ocorrido em março de 2004, pelo Pernambucano.
O Sport, considerado mais arrumado e melhor fisicamente, pouco produziu. O Náutico jogou com muita garra e o técnico Lisca deu um show à parte após o final do jogo, vibrando com a torcida no alambrado. Com quatro pontos, o Timbu divide a liderança do Grupo D com o Guarany de Sobral, que ontem bateu o Botafogo-PB por 2x1. Os cearenses marcaram um gol a mais. Já os rubro-negros seguram a lanterna, com apenas um ponto.
Náutico bate Sport por 1x0 e quebra jejum de quase dez anos na Ilha do Retiro
O JOGO - Para quem esperava uma partida truncada e com times se poupando pelo preparo físico precário, o Clássico dos Clássicos foi movimentado. E quem esperou que o Náutico fosse um adversário fácil de ser batido, também viu o contrário. O Timbu foi inteligente desde a etapa inicial. No primeiro momento, apostou em sufocar o Leão. Ainda se arrumando e com a marcação espaçada, os donos da casa batiam cabeça, enquanto os alvirrubros colocavam a bola no chão.
Aos poucos, o Sport equilibrou a marcação. E passou a ser melhor só por isso. Porque do meio para frente, na ligação com o ataque e nos lances de velocidade, o Leão errava. Estava desagrupado, com os setores distantes uns dos outros. O tão propalado entrosamento, do time que tinha uma base do ano passado, não se revelou.
Sentindo a mudança tática, o Náutico voltou a jogar com inteligência. Coisa programada. Recuou quase totalmente, reforçou a marcação e forçou mais erros dos rubro-negros, que não tinham no meio alguém para fazer diferença. Cirúrgico o tempo todo, os visitantes acertaram um dos seus contra-ataques. Aos 39, João Ananias tocou nas costas da defesa, Ferron errou o carrinho e a bola sobrou para Zé Mario, que tocou no canto. Era o gol da vitória.
Geninho apostou em Ananias, longe do seu melhor momento físico, na segunda etapa. O Náutico jogava ao sabor da maré. Não tinha por que mudar. Fechava-se bem lá trás e, sempre que podia, buscava as trocas de passes no campo rubro-negro. Com maior lucidez, diga-se.
O Sport, a partir dos 20 minutos, passou a usar mais as laterais, chegando mais ao ataque. Não à toa, foi por ali que criou e perdeu duas boas oportunidades com Patric e Neto Baiano – antes, o Timbu desperdiçou com Hugo.
De novo, o Náutico apostou na inteligência. E abdicou do ataque, nos dez minutos finais, para segurar o placar. Fechou-se como pôde. Lisca fez as últimas modificações, com Gustavo Henrique e Túlio, para compor o meio e embaralhar o jogo do Leão, que acionou a revelação Everton Felipe. O meia se esforçou, mas não conseguiu mudar o panorama.
Do JC On Line
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