sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

GOVERNO DO ESTADO APERFEIÇOA TECNOLOGIA VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA


Novo edital para inclusão de novos usuários será
lançado neste primeiro trimestre


Um software que permite aos deficientes auditivos se comunicarem por meio de smartphones transformando texto em voz e vice-versa é a aposta do Governo de Pernambuco para ampliar a inclusão social dos portadores desse tipo de problema. O desenvolvimento do projeto piloto, que vem sendo aperfeiçoado há dez meses, foi iniciado com a distribuição de 621 smarthones dotados do sistema a jovens de todo o Estado. Entrando em sua segunda fase de testes, o projeto, que está sob a responsabilidade da Secretaria de Ciência e Tecnologia, ganhará um segundo edital que ampliará o número de usuários do sistema. A nova chamada do Programa Nambiquara Audição Digital, que prevê acesso ao software, desta vez sem a distribuição dos aparelhos de telefonia e internet móvel, será lançado ainda neste primeiro trimestre e tem como principal alvo os alunos das escolas públicas e privadas. A iniciativa é uma ação conjunta do Governo do Estado, Ministério da Ciência e Tecnologia e da empresa SofitexRecife.
O aplicativo, no entanto, já está disponível gratuitamente no Google Play para os deficientes auditivos que possuem smartphones com sistema operacional 2.2 ou superior. Para ter acesso ao serviço, no entanto, aqueles que baixarem o aplicativo pela internet têm que se cadastrar presencialmente na Secretaria de Ciência e Tecnologia, no Bairro do Recife, para terem seus números incluídos no servidor que dá suporte ao uso do software.
O superintendente de Inovação Tecnológica da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Alexandre Stamford, disse que o aplicativo ainda está em fase de desenvolvimento e que o aumento no número de usuários é importante para testar a capacidade do servidor e solucionar possíveis problemas técnicos que posam ocorrer. “Por isso é importante que tenhamos um número elevado de inscritos no Nambiquara e a partir daí fazer os ajustes necessários na sua operacionalização, inclusive no sistema de reconhecimento de palavras e expressões tipicamente locais”, afirmou.
Stamford explicou que o sistema funciona com decodificação de mensagens de texto em mensagens de voz e vice-versa. Ao ligar para uma pizzaria, por exemplo, a ligação será encaminhada para um servidor, onde está rodando o software. É esse programa que vai interpretar cada palavra da mensagem e substituí-la por arquivos de voz do seu banco de dados e enviar essa mensagem de voz para o atendimento da pizzaria. Da mesma maneira o atendente da pizzaria poderá responder a ligação e o software vai fazer o caminho inverso, ou seja, interpretar as palavras do atendente e codificando-as em mensagem de texto.

Durante a primeira etapa, 621 smartphones foram distribuídos a jovens de todas as regiões do Estado, a partir da articulação feita pela Superintendência de Apoio à Pessoa com Deficiência (Sead) junto a prefeituras, associações e conselhos municipais de pessoas com deficiência, entre outras instituições, para que os surdos participassem como voluntários. A Sead também participou da seleção dos beneficiados e da capacitação deles para o uso da tecnologia. Na época, os alunos de escola pública tiveram prioridade.

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