“Na
última década, o orçamento do Ministério da Educação cresceu 205,7%, ao
passar de R$ 33,3 bilhões em 2003 para R$ 101,86 bilhões este ano.
Apesar dessa ampliação orçamentária, a educação brasileira precisa de
ainda mais recursos”. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, na abertura do Fórum Estadão Brasil Competitivo,
realizado em São Paulo, nesta terça-feira, 19. O tema em debate foi
Educação e Mão de Obra para o Crescimento.
O ministro ressaltou que o Brasil foi o país que mais investiu nos
últimos anos em educação, na instância federal, em comparação com os
integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico (OCDE). Atualmente, o investimento total do país em relação
ao produto interno bruto (PIB) é de 6,1%, enquanto o investimento
direto é de 5,3%. Apesar dos avanços dos últimos anos, tais valores
representam somente um terço da média dos países da OCDE.
De acordo com os indicadores da educação brasileira apresentados
pelo ministro, houve avanços em todas as etapas. Uma das iniciativas de
maior destaque é o Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec), criado em 2011. As matrículas chegam a quase cinco
milhões. Segundo o ministro, o Pronatec representa um grande esforço em
direção ao aumento da produtividade e da inovação no Brasil.
O Pronatec é desenvolvido em parceria com diversos ministérios.
Mercadante afirmou que o MEC e o Ministério do Trabalho e Emprego estão
desenvolvendo um software para melhorar a oferta e a demanda do mercado
de trabalho para os alunos do Pronatec. “A ideia é estimular a
empregabilidade por meio de um sistema moderno, no qual o aluno se
forma no curso e as empresas já buscam o perfil adequado pelo
software”, explicou. “Queremos calibrar o Pronatec pela necessidade de
cada região.”
Qualificação — O programa oferece ensino técnico a
quem estiver cursando o ensino médio, abre oportunidades de
qualificação profissional para o jovem ou adulto que procura melhor
formação e oferece cursos a pessoas cadastradas no programa Brasil sem
Miséria. Em geral, são oferecidos cursos técnicos de maior duração, que
variam de um ano e meio a dois anos, e cursos de qualificação
profissional de curta duração, de dois a até seis meses. Todos
gratuitos.
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