sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Na hora de ceder às tentações dos descontos da Black Friday, fique atento para não sair lesado

Diario PE

Quem estava aguardando ansiosamente pela Black Friday já pode comemorar. Desde a 0h de hoje os consumidores que estão em busca de promoções já podem comprar produtos com preços mais acessíveis. Em alguns casos, as lojas prometem desconto de até 80%. Apesar da euforia causada pelas ofertas, é preciso ter muita atenção antes de concluir a compra. Isso porque, além do risco de ter os dados pessoais roubados, os consumidores podem ser lesados, já que nem tudo é o que parece.

Nas edições anteriores, a ProTeste – Associação de Consumidores, identificou irregularidades em algumas ofertas. “Nem todas eram vantajosas como prometiam, o que gerou muitas queixas dos consumidores”, lembra a supervisora institucional da entidade, Sônia Amaro. De acordo com ela, para não comprar “gato por lebre”, é preciso fazer uma pesquisa de preços. “O ideal é que as pessoas tenham comparativos de quanto os produtos custavam antes da promoção, para saber se o desconto corresponde ao que está sendo anunciado”. É bom ficar atento aos valores, porque algumas empresas aumentam o preço dos produtos dias antes da promoção, aplicando o desconto sobre o “preço inflado”.

Em alguns momentos do dia, o número de acessos aos sites cresce. “As primeiras horas após o início da Black Friday e as últimas antes da promoção acabar costumam registrar picos de acesso”, explica Ivo Machado, CEO da TrustSign. De acordo com ele, o movimento também cresce entre o meio-dia e as 14h. “O ideal é que as pessoas não comprem nesses períodos, já que as páginas demoram a carregar”, orienta.

A advogada especialista em direito do consumidor do escritório Pires & Gonçalves Advogados Associados, Maria Elisa Reis, lembra que mesmo durante os períodos de promoção os direitos dos compradores estão garantidos. “Em casos de desistência, por exemplo, o CDC estabelece um prazo máximo de sete dias para comunicar a decisão à empresa”, explica.

É preciso ter cuidado também para não se endividar. A superintendente de serviços ao consumidor da Serasa Experian, Maria Zanforlin, lembra que os parcelamentos não podem comprometer mais que 30% da renda mensal. “Além disso, é preciso estar com o orçamento equilibrado para dar conta das tradicionais despesas de início de ano”, finaliza.

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