segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Mais de 200 mil pessoas se dizem dispostas a viajar, sem retorno, a Marte.

O maior grupo de interessados provém de Estados Unidos (24%), Índia (10%), China (6%) e Brasil (5%)
O sol em marte é Azul.
O sol em marte é Azul.
Mais de 200 mil pessoas de 140 países pediram para fazer parte do grupo de eventuais primeiros colonizadores de Marte em uma viagem sem retorno, informou nesta segunda-feira a companhia Mars-One, envolvida no projeto.
No total, 202.586 pessoas se registraram para integrar a primeira leva de colonos, informou em um comunicado a empresa sem fins lucrativos holandesa, que em abril de 2013 lançou uma convocação de candidaturas para uma viagem de sete meses de duração e sem retorno a Marte, prevista para 2023.
O maior grupo de interessados provém de Estados Unidos (24%), Índia (10%), China (6%) e Brasil (5%), mas também se inscreveram candidatos de Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México e Peru, bem como de Alemanha, Austrália, Canadá, Filipinas, França, Itália, Polônia, Reino Unido, Rússia, Turquia e Ucrânia.
Três fases de seleção estão previstas nos próximos dois anos, acrescentou a Mars-One.
“Até 2015, entre seis e dez equipes de quatro pessoas receberão treinamento completo” antes de que “algumas dessas equipes se tornem em 2023 os primeiros humanos a pousar em Marte para lá viverem pelo resto de suas vidas”, acrescentou.
Este projeto, que tem custo de 6 bilhões de dólares, segundo a Mars-One, encontra alguns céticos, mas recebeu o apoio do ganhador holandês do Prêmio Nobel de Física em 1999, Gerard’t Hooft.
Até agora só houve missões com robôs a Marte, todas realizadas com sucesso pela Nasa. No entanto, a agência espacial americana informou em maio que os Estados Unidos estão decididos a enviar astronautas a Marte dentro de duas décadas.
Mas o projeto Mars-One enfrenta vários obstáculos. Os participantes não apenas não poderão retornar à Terra, como também terão que viver em pequenos habitats, encontrar água, produzir oxigênio e cultivar os próprios alimentos.
Além disso, Marte é um grande deserto, a atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono e a temperatura média é de – 63 graus Celsius. Os astronautas também se submeterão à radiação cósmica perigosa durante sua viagem.
Por último, ainda não existe um foguete e uma cápsula que transporte esses voluntários, admitiu a Mars-One.
Da AFP
Por Jornal de Caruaru

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