A estrela identificada tem massa e composição química similar à do Sol, mas é cerca de 4 bilhões de anos mais velha
REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL
Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado no Chile, identificaram uma estrela gêmea do Sol a cerca de 250 anos-luz (1 ano-luz equivale, aproximadamente, a 10 trilhões de quilômetros) de distância da Terra. A descoberta foi anunciada nesta quarta-feira (28) e publicada em artigo da revista especializada Astrophysical Journal Letters.
A estrela foi batizada de HIP 102152. Situada na Constelação de Capricórnio, é a gêmea solar mais velha conhecida até agora, tendo massa e composição química similar ao Sol, com níveis semelhantes de elementos como o hidrogênio, carbono, ferro, alumínio, vanádio e lítio.
Segundo pesquisadores, sua análise fornece evidências da ligação entre a idade das estrelas e a concentração do elemento químico lítio. Além disso, sugere a existência de planetas rochosos similares à Terra orbitando ao seu redor. O estudo envolve cientistas brasileiros, incluindo pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo, e de outros cinco países.
Apesar de ser quase idêntica ao Sol, a estrela tem idade estimada em 8,2 bilhões de anos, sendo cerca de 4 bilhões de anos mais velha. A similaridade e a diferença de idade podem auxiliar nos estudos sobre a evolução futura do Sol, cujo tempo de vida é estimado em 10 bilhões de anos. O estudo da estrela, que não é visível a olho nu, permite aos cientistas prever o que pode acontecer ao próprio Sol quando chegar a essa idade.
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