Começa a operar, no próximo mês, a fábrica de calçados femininos Terra & Água. A unidade, que se instalou no ano passado em Limoeiro, no Agreste, está investindo R$ 25 milhões e terá uma capacidade para gerar 500 empregos. O início da produção traz para o Governo Estadual mais um estímulo que pode ressuscitar e descentralizar o polo calçadista, tão importante para a economia local, que nos anos 1970 se concentrava especialmente no município de Timbaúba.
A Terra & Água está ocupando um terreno provisório, enquanto a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) negocia a desapropriação de uma área de 15 hectares na cidade. A proposta inicial da empresa é produzir 300 mil pares por mês, entre femininos, sandálias e chinelos. A empresa existe desde 2000 e produz calçados injetados à base de um composto por Policloreto de Vinila (PVC) e outros materiais, como tecidos, couro e Etil Vinil Acetato (EVA).
A Terra & Água vem crescendo num ritmo de 30% ao ano e exporta para mais de 40 países. “É muito importante a chegada desta indústria, já que o Estado passa a desenhar um forte eixo de desenvolvimento aproveitando a vocação da região para o setor calçadista, que pega Limoeiro, Carpina e vai até Timbaúba”, afirmou o presidente da AD Diper, Roberto Abreu.
Para se instalar no Estado, a empresa conseguiu o benefício do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Calçados, Bolsas, Cintos e Bolas Esportivas (Procalçados), que garantiu à Terra & Água um desconto de 95% no saldo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Um incentivo importante que nos garantiu a presença de uma grande empresa”, ressaltou Abreu.
O crescimento industrial da cidade de Limoeiro não para com a chegada da Terra & Água. Segundo o presidente da AD Diper, a região está prestes a receber um verdadeiro “condomínio industrial”. “É uma localidade estratégica para o Estado. Já estamos fechando acordos com outras grandes empresas de diversos segmentos. Ainda neste ano, teremos a construção de uma fábrica do setor de metal-mecânica”, contou Abreu.
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