Postado por Jeozivaldo Cesar
Com facilidade, Tricolor venceu com gols de Victor Rangel e William Alves e se isola na liderança do Estadual, com 19 pontos. Timbu cai para 4º
Com 19 pontos, Santa não pode mais ser alcançado pelo terceiro colocado, atualmente o Retrô, com 11 (Foto: Paulo Paiva/DP)
o clássico de número 400 em Campeonatos Pernambucanos entre Santa Cruz e Náutico, um passeio tricolor. Com extrema facilidade, a Cobra Coral fez valer o seu papel de líder e venceu os alvirrubros por 2 a 0 no Arruda. Com vaga para mais. Como prêmio, o resultado já garante o Santa, de forma direta, na semifinal do Estadual, uma vez que com 19 pontos a equipe não pode ser mais alcançada pelo terceiro colocado, atualmente o Retrô, com 11.
Tranquilidade para que os tricolores se concentrarem agora na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil, pelo qual a equipe entra em campo na quarta-feira, para encarar o Atlético-GO, fora de casa, em jogo que vale R$ 1,5 milhão em caso de classificação.
Já o Náutico, que chega ao quarto jogo sem vitórias (duas derrotas e dois empates), entra em um princípio de crise. E se complica no Estadual, já que deixa a vice-liderança e cai para o quarto lugar, com 11 pontos.
Porém, tão preocupante quanto a falta de resultados e a falta de futebol do time, que na quarta-feira tem nova decisão. Dessa vez contra o CRB, em Maceió, pela Copa do Nordeste.
O jogo
Por motivos distintos, as duas equipes foram para o clássico com modificações na equipe. Pelo lado do Santa, tendo na quarta-feira o compromisso contra o Atlético-GO pela Copa do Brasil, o técnico Itamar Schulle optou por poupar alguns jogadores, como o meia Didira e os atacantes Patrick Nonato e Pipico.
Já no Náutico, o suspenso Gilmar Dal Pozzo (viu o clássico das cabines) optou pela volta de Josa à equipe para fortalecer o setor de marcação. E esse foi o único ponto a dar certo na equipe alvirrubro em um primeiro tempo fraco tecnicamente. Dos dois lados.
Apesar de ter muito mais posse de bola, e com isso ser melhor em campo, faltou ao Santa Cruz um maior capricho nas definições das jogadas, muitas vezes feita de forma precipitada. Tanto que das 12 finalizações, poucas foram as que de fato levaram perigo à meta do goleiro Jefferson. Na melhor delas, Paulinho passou com facilidade por Luanderson e obrigou o arqueiro timbu a fazer uma boa defesa, aos 13 minutos.
Na outra meta, o goleiro Maycon Cleiton foi um mero espectador. Abusando de ligações diretas e sem acionar o meia Jean Carlos, o Náutico foi um deserto de criatividade. Se resumindo a jogar a bola para Kieza se virar na frente fazendo o papel de pivô. Assim, a única finalização alvirrubra veio apenas aos 39 minutos, com o lateral Hereda chutando fraco para fácil defesa do arqueiro coral.
Para piorar o cenário, ainda aos oito minutos Dal Pozzo foi obrigado a queimar a primeira substituição, com o zagueiro Ronaldo Alves deixando o campo com dores no tornozelo. Fernando Lombardi foi acionado.
Segundo tempo
Apesar do primeiro tempo fraco tecnicamente, as duas equipes voltaram para a etapa final sem mudanças. E com isso, o cenário do clássico também não mudou, com o Santa sendo superior em campo. Antes dos seis minutos, o Tricolor chegou três vezes com perigo. Na melhor delas, com Mayco Félix obrigando Jefferson a se esticar para fazer boa defesa. após uma bomba de fora da área. O gol coral estava maduro.
Aos 16 minutos, Itamar Schulle tirou Jeremias, a pior figura do Santa em campo, para promover a estreia de Chiquinho, que entrou aberto pela esquerda. Três minutos depois, enfim, a superioridade coral se refletiu no placar. Após lindo lançamento de Paulinho, Victor Rangel recebeu com liberdade e chutou longe do alcance de Jefferson: 1 a 0.
Em desvantagem, Gilmar Dal Pozzo tentou colocar o Náutico mais à frente com a entrada de Jorge Henrique na vaga de Luanderson, apagado tanto na saída para o ataque, quanto na marcação. Não deu certo. Com campo para jogar, o Santa seguia atuando sempre no campo de defesa dos alvirrubros.
Aos 27 minutos, Itamar Schulle, já pensando no jogo contra o Atlético-GO, tirou Paulinho (melhor jogador em campo) para a entrada do volante André. Era uma forma de dizer também que o clássico estava controlado. Tanto que, com naturalidade, o Santa ampliou aos 34 minutos, com William Alves, de cabeça. Vitória tranquila do líder.
Ficha do jogo
Santa Cruz 2
Maycon Cleiton; Toty, William Alves, Danny Morais e Júnior (Feliphe Gabriel); Bileu, Paulinho (André), Jeremias (Chiquinho) e João Cardoso; Mayco Félix e Victor Rangel. Técnico: Itamar Schulle
Náutico 0
Jefferson; Hereda, Ronaldo Alves (Fernando Lombardi), Diego Silva (Rafael Ribeiro) e Willian Simões; Josa, Luanderson (Jorge Henrique) e Jean Carlos; Erick, Jhonnatan e Kieza. Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Local: Arruda
Árbitro: Rodrigo José Pereira
Assistentes: Bruno César Chaves e Humberto Martins Dias
Gols: Victor Rangel, aos 19 min, e William Alves, aos 34 min do 2º tempo
Cartões amarelos: Marcão, Luanderson, William Simões, Jhonnatan (N), Victor Rangel, William Alves (SC)
Público: 8.155
Renda: R$ 117.910
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