segunda-feira, 3 de julho de 2017

Greve com poucos ônibus continua no Grande Recife nesta terça


Uma audiência de conciliação foi marcada, para tentar por fim ao impasse do reajuste

Transtornos deverão ser os mesmos nesta terça / Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
Transtornos deverão ser os mesmos nesta terça
Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
JC Online

Quem utiliza ônibus no Grande Recife deve se preparar: a greve dos rodoviários continua nesta terça-feira (4), e segue por tempo indeterminado. Uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), emitida nesta segunda (3), ordenou que a categoria paralisada mantenha 50% da frota circulando nos horários de pico (5h/9h e 16h/21h) e 30% nos demais, sob pena de multa. A mesma decisão, também, marcou para 11h desta terça a audiência de instrução e conciliação do dissídio coletivo. 


Durante toda esta segunda, a população encontrou dificuldades para se locomover pela Região Metropolitana. No Terminal Integrado de Joana Bezerra, um dos maiores do Grande Recife, a movimentação era intensa nas primeiras horas do dia, mas de passageiros vindos do metrô. Como poucos ônibus estavam disponíveis, o jeito foi tentar uma carona solidária ou andar de mototáxi. Alguns motoqueiros cobravam R$ 10 em uma corrida para o Centro; já para a Zona Sul, R$ 5. Passageiros relataram também pouca quantidade de ônibus nos terminais de Rio Doce, PE-15, Pelópidas Silveira, Xambá, Barro e Macaxeira.
"Estamos fazendo o possível para não deixar a população na mão", disse Benilson Custódio, em entrevista ao JC mais cedo. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários (STTREPE), caso não haja veículos nas ruas, é responsabilidade das empresas. "Nos Terminais Integrados, as empresas estão colocando menos ônibus porque é mais vantajoso deixar circulando nas ruas, onde há mais passageiros pagantes. Elas também tiraram os BRTs de circulação por conta própria", disse.

Divergências

Ainda sobre a quantidade de veículos nas ruas, o Sindicato dos Rodoviários (STTREPE) e a Urbana-PE (sindicato que representa as empresas de ônibus) divergiram. Benilson Custódio, presidente do STTREPE, afirmou que 30% do contingente está nas ruas: "Estamos fazendo o possível para não deixar a população na mão".

Caso não haja, é por iniciativa das empresas de retirarem os veículos das ruas. "Nos Terminais Integrados, as empresas estão colocando menos ônibus porque é mais vantajoso deixar circulando nas ruas, onde há mais passageiros pagantes. Elas também tiraram os BRTs de circulação por conta própria", disse. Já Fernando Bandeira, da Urbana, acredita que o índice seja de apenas 20%.

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    Notificação do Grande Recife

    Antes desta decisão judicial ordenar índices de ônibus rodando durante a paralisação, uma notificação do Grande Recife Consórcio de Transportes fazia o mesmo pedido: 50% nos horários de pico e 30% nos demais. Entretanto, o presidente do sindicato afirmou que só seria mantido 30% da frota nas ruas, independente do horário: "O sindicato não é subordinado ao Grande Recife. A gente só acata uma decisão da justiça".

    Adesão

    Segundo a oposição do Sindicato dos Rodoviários, a adesão à greve foi geral, pelo menos entre os motoristas e cobradores da empresa Caxangá: dos 150 ônibus, apenas 45 rodaram. Em Jaboatão dos Guararapes, dos 197 coletivos da garagem da Borborema, apenas 59 saíram.

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