Antes do jogo entre Náutico x Macaé, o Timbu era o quinto colocado na Série B do Campeonato Brasileiro. No final do primeiro tempo, o time estava vencendo, voltando ao G4 e na liderança do torneio. Após o apito final, a equipe lamentava o empate em 1×1 na Arena Pernambuco, voltando para a mesma quinta posição. Uma gangorra de emoções para os alvirrubros neste sábado (1º). No final, restou a apatia dos jogadores e a crítica da torcida. O melhor mandante não fez jus ao título. Vaias para o time e até para o técnico Lisca.
O Náutico mostrou desde cedo o motivo de ser um dos melhores mandantes da Série B. Os primeiros 10 minutos foram de uma pressão incessante dos alvirrubros no campo de defesa do Macaé. A centralização das jogadas, entretanto, era um caminho que pouco assustava os visitantes. A primeira boa finalização da partida só aconteceu justamente quando o time trocou as investidas pelo meio para as jogadas pelas pontas. Aos 16, Guilherme dominou bonito e bateu cruzado, assustando Rafael.
Aos 21, a primeira polêmica do jogo. Douglas recebe ótimo passe de Marino e entra na área. O zagueiro Thiago Cardoso desloca o atacante, que cai na grande área. Pênalti? Não para o árbitro Luiz César de Oliveira Magalhães, que mandou o jogo seguir. Tirando um contra-ataque invalidado pela arbitragem devido ao impedimento, o Macaé foi um mero espectador na primeira etapa.
O Timbu era dono das ações ofensivas e tinha em Hiltinho sua principal peça de desafogo no ataque. Foi o meia o autor de uma jogada individual que não terminou em gol por conta do corte preciso da defesa do Macaé. Mais forte do que a insistência do Náutico no ataque só a chuva que caia na Arena. Quando o jogo se encaminhava para o placar em branco nos primeiros 45 minutos, eis que o zagueiro Fabiano Eller muda a história. Após escanteio de Carmona, o zagueiro desviou com o pé para o fundo do gol, colocando o Timbu momentaneamente na liderança da Segundona.
Longe de se acomodar com a vantagem no placar, o Náutico seguiu pressionando o Macaé. Só que a diferença estava na postura dos visitantes. A derrota mexeu com os cariocas, que voltaram buscando mais o jogo. No Timbu, Lisca reforçou a marcação com a entrada de Gil Mineiro na vaga de Pedro Carmona.
Embora com mais posse de bola e volume de jogo, o Náutico não conseguia dar seguimento por muito tempo em suas jogadas ofensivas. Eram erros na hora do passe final, precipitação em puxar os contra-ataques e falta de criatividade para vencer o bloqueio adversário. Sobravam cruzamentos rasteiros que facilitavam o corte da zaga. Aos poucos, o Timbu foi diminuindo o ritmo e a partida ficou equilibrada.
O medo de tomar um contra-ataque era visível nos alvirrubros. E a cautela pagou seu preço. Aos 33, Juninho cobrou falta e Brinner desviou a bola, empatando o jogo. Tentando o “tudo ou nada”, Lisca sacou Magrão e colocou Renato. Aos 42, a chance do jogo. Hiltinho entrou livre na área e tocou por cobertura. A bola beijou o travessão e não entrou. Empate amargo na Arena. Nada de liderança. Nada de G4.
Ficha do jogo
Náutico 1
Júlio César; Guilherme, Ronaldo Alves, Fabiano Eller e Gastón; João Ananias, Wililan Magrão (Renato), Marino (Fillipe Soutto) e Pedro Carmona (Gil Mineiro); Hiltinho e Douglas. Técnico: Lisca
Macaé 1
Rafael; Henrique, Brinner, Thiago Cardoso e Diego; Gedeil, Juninho, Wagner (Dos Santos) e Marquinho (Eberson); Pipico e Anselmo. Técnico: Marcelo Cabo
Local: Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata)
Árbitro: Luiz César de Oliveira Magalhães (CE).
Assistentes: Armando Lopes de Sousa (CE) e Armando Lopes de Sousa (CE).
Gols: Fabiano Eller (aos 40 do 1ºT), Brinner (aos 33 do 2ºT)
Cartões amarelos: Pipico, Gedeil, Diego, Wagner(M); Gaston (N)
Público: 6.570
Renda: R$109.550,00
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