quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Técnicas de enfermagem sofrem agressões em UPAs no Grande Recife

Pacientes em fúria por conta do atendimento foram responsáveis pela violência

 Luiz Filipe Freire, do FolhaPE
Google Street View/Reprodução
Na unidade do Ibura, vítima está afastada das atividades
O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe) pretende cobrar medidas das instituições que administram as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Ibura, na Zona Sul do Recife, e de Olinda, na Região Metropolitana, depois que duas técnicas de enfermagem foram agredidas durante o trabalho. Os casos ocorreram na madrugada da última segunda-feira (5) e precisaram da intervenção da Polícia Militar.
Na primeira ocorrência, um homem de 33 anos se revoltou por conta da demora no atendimento e deu um soco no braço de uma técnica de enfermagem, que teve o membro fraturado e está afastada das atividades. Ele também ameaçou outros trabalhadores de saúde da unidade. Já na UPA de Olinda, outro homem, de 45 anos, perdeu o controle ao receber a notícia da morte do pai, que estava internado no local. Ele deu uma bofetada no rosto de uma técnica de enfermagem, que não sofreu mais danos e segue trabalhando.
Segundo o Satenpe, as denúncias de agressões são constantes em UPAs. “Quem busca atendimento e não consegue rapidamente tem razão de reclamar, mas jamais se pode chegar a um ponto como esse. O técnico de enfermagem não tem culpa nenhuma da falta de estrutura. E, como aconteceu em Olinda, não tem o papel de se expor informando estado de saúde de paciente. Isso é para o profissional médico ou assistente social”, declarou o secretário geral do Satenpe, Ademir Luiz.
Ainda de acordo com a entidade que representa a categoria, serão cobrados mais reforço na segurança e o redimensionamento das equipes de profissionais que atuam nas unidades onde os episódios aconteceram. “Vamos esperar o posicionamento das técnicas agredidas para tomar as ações cabíveis”, completou Luiz. Conforme o Satenpe, os agressores foram presos, mas assinaram a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados.
Por meio de nota, a administração da UPA de Olinda lamentou o ocorrido e explicou que “todas as medidas cabíveis foram tomadas através da Polícia Militar”, que tem um posto no local com funcionamento 24 horas. Já a direção da UPA do Ibura não atendeu às ligações da reportagem.

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