Pacientes em fúria por conta do atendimento foram responsáveis pela violência
Luiz Filipe Freire, do FolhaPE
Google Street View/Reprodução
Na primeira ocorrência, um homem de 33 anos se revoltou por conta da demora no atendimento e deu um soco no braço de uma técnica de enfermagem, que teve o membro fraturado e está afastada das atividades. Ele também ameaçou outros trabalhadores de saúde da unidade. Já na UPA de Olinda, outro homem, de 45 anos, perdeu o controle ao receber a notícia da morte do pai, que estava internado no local. Ele deu uma bofetada no rosto de uma técnica de enfermagem, que não sofreu mais danos e segue trabalhando.
Segundo o Satenpe, as denúncias de agressões são constantes em UPAs. “Quem busca atendimento e não consegue rapidamente tem razão de reclamar, mas jamais se pode chegar a um ponto como esse. O técnico de enfermagem não tem culpa nenhuma da falta de estrutura. E, como aconteceu em Olinda, não tem o papel de se expor informando estado de saúde de paciente. Isso é para o profissional médico ou assistente social”, declarou o secretário geral do Satenpe, Ademir Luiz.
Ainda de acordo com a entidade que representa a categoria, serão cobrados mais reforço na segurança e o redimensionamento das equipes de profissionais que atuam nas unidades onde os episódios aconteceram. “Vamos esperar o posicionamento das técnicas agredidas para tomar as ações cabíveis”, completou Luiz. Conforme o Satenpe, os agressores foram presos, mas assinaram a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados.
Por meio de nota, a administração da UPA de Olinda lamentou o ocorrido e explicou que “todas as medidas cabíveis foram tomadas através da Polícia Militar”, que tem um posto no local com funcionamento 24 horas. Já a direção da UPA do Ibura não atendeu às ligações da reportagem.
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