Por Jeozivaldo César
Neste domingo 09 de novembro de 2014, aconteceu a 1ª CORRIDA DE ARGOLINHA, no Sitio Inês Tereza na cidade de Itaquitinga-PE organizada pelo Sr. George Gonçalves e família, contando com o apoio de amigos e patrocinadores que acreditaram no evento para que tudo acontecesse nos mínimos detalhes convidados e cavaleiros participaram conforme as regras da competição que segue as mesmas desde dos tempos medievais como conta a historia e a origem como tudo começou.
Foto: dos Organizadores do evento |
A ORIGEM
CORRIDA DE ARGOLINHA
Para
quem não sabe, a corrida de argolinha tem sua origem nos antigos torneios
medievais, quando os cavaleiros demonstravam suas habilidades no manejo da lança,
montados em seus corcéis. Consiste em um arco, ou poste todo enfeitado de papel
colorido, do qual pende amarrada por um barbante uma pequena argola, do tamanho
de um anel, que deve ser retirada com a ponta da lança pelo cavaleiro em
disparada. A argola é então presenteada a alguma moça com a qual o moço
simpatize.
Segundo
Cascudo, que dedica à corrida de argolinha um dos verbetes do seu
insubstituível Dicionário do Folclore Brasileiro, o divertimento aparece no
Brasil inteiro desde o século XVI, em pontos variados do seu território,
mantendo praticamente as mesmas características, sendo uma “sobrevivência” das
justas travadas na Idade Média.
Era
assim que a argolinha se apresentava para mim na infância. Nos dias de festa,
as corridas tomavam um aspecto mais tradicional, com cavaleiros vestidos de
branco e divididos em times nas cores azul e encarnado (porque no interior não
é vermelho: o nome é “encarnado”). Mamãe, minha primeira professora de
folclore, explicava: os azuis são os cristãos e os encarnados são os mouros, os
pagãos, que não acreditam em Deus. Mesmo assim com essas explicações ela torcia
pelo encarnado “porque era uma cor mais bonita” e eu torcia também, e torço até
hoje.
Era
uma beleza de se ver aqueles rapazes enormes em cima dos poderosos cavalos –
era assim que me parecia, na pequenez dos meus cinco, sete anos de idade. Eles
disparavam deixando atrás de si rolos de poeira, os cavalos em tropel tirando
lascas do solo, a comprida lança de madeira enfeitada de fitas, mirando algo
tão pequeno que eu não conseguia enxergar de onde estava. E depois lá ia o
herói, suado, no resfôlego da montaria, entregar à namorada a pequena argola
dourada.
Foto: dosa Organizadores do evento |
Fotos dos Organizadores do evento |
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