quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Acidente durante prática de exercício em academia quase levou mulher à paralisia

Por pouco, Maria Eugênia não perdeu o movimento das pernas

- Priscilla Aguiar, da Folha de Pernambuco
Arquivo Pessoal
Gena, como é conhecida, chegou a postar fotos praticando a modalidade
 Um acidente com uma professora de inglês, de 27 anos, levantou uma alerta para os cuidados na hora de praticar exercícios físicos. Maria Eugênia Bispo fraturou uma vértebra e teve o canal de medula reduzido em menos de 50%, ao cair de uma barra de ferro em que fazia um exercício chamado abdominal invertido. Nele, o aluno fica preso apenas pela perna e movimenta-se como tronco para trabalhar o abdômen.
O acidente aconteceu na última sexta-feira na academia Tribo Fitness, em Jaboatão dos Guararapes. Logo após a queda, a professora, que é conhecida como Gena, percebeu que não conseguia mais mexer a perna. Ela foi levada pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para o Hospital da Restauração (HR), no Recife, e depois transferida para a Prontolinda, em Olinda, onde passou por uma cirurgia na segunda-feira.
O procedimento cirúrgico durou mais de quatro horas e teve um bom resultado. Por telefone, a professora contou que os danos não foram maiores porque ela tem uma estrutura óssea calcificada. “O cirurgião disse que a cirurgia demorou mais do que esperado, que era pra ser de três horas, porque eu tinha estrutura óssea de atleta, bastante calcificada, e que isso mostrava que a recuperação ia ser total”, comemorou.
Após o ocorrido, os amigos e alunos da jovem criaram uma hashtag nas redes sociais para apoiá-la. As publicações com #gogena, que em português quer dizer “vai Gena” e a frase we know you are strong (nós sabemos que você é forte), foram vistas por ela, mesmo no hospital, assim como os vídeos de incentivo. “Eu fiquei maravilhada porque tem muita corrente de oração e corrente positiva. No sábado, teve uma corrida na academia que levou o meu nome: ‘50 quilômetros por Maria Eugênia’. Todos correram com meu nome nos braços, nas pernas. Eu nem imaginava receber a força que eu tive de todo mundo e ver que eu sou tão querida”, disse.
Maria Eugênia exime de culpa a academia. Segundo ela, o acidente aconteceu após a aula, quando o professor, que não tinha conhecimento do que ela estava fazendo, arrumava o material que havia sido usado pelos alunos. “Foi uma coisa minha. A gente fica vendo vídeos de um pessoal mais avançado na internet e sabia desse abdominal invertido. Esse exercício nem está na grade de exercício deles. Quando aconteceu eles ficaram totalmente do meu lado e já se prontificaram para fazer a minha reabilitação”, ressaltou.
O caso será avaliado pelo Conselho Regional de Educação Física 12 (Cref 12 PE-AL), que abrange os Estados de Pernambuco e Alagoas. De acordo com a chefe de fiscalização do Cref 12, Rosângela Albuquerque, a academia é registrada, tem um responsável técnico e passou por fiscalização recentemente. A reportagem tentou entrar em contato com os responsáveis pelo estabelecimento, mas não obteve sucesso.

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