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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Com bate-boca entre Mendonça e Alexandre de Moraes, STF define primeiras condenações do 8 de janeiro

 JULGAMENTO DOS ATOS GOLPISTAS

Postado por Jeozivaldo Cesar

A maioria dos ministros condenou o primeiro acusado por cinco crimes

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Cadastrado por

com agências, Da Redação

Publicado em 14/09/2023 às 18:19 | Atualizado em 14/09/2023 às 18:20

Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (14) Aécio Lúcio Costa Pereira, primeiro réu pelos atos golpistas de 8 de janeiro, a 17 anos de prisão em regime fechado.

Com a decisão, o acusado também deverá pagar solidariamente com outros investigados o valor de R$ 30 milhões de ressarcimento pela depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

A maioria dos ministros condenou o acusado por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Aécio Pereira, morador de Diadema (SP), foi preso pela Polícia Legislativa no plenário do Senado. Ele chegou a publicar um vídeo nas redes sociais durante a invasão da Casa e continua preso.

A condenação foi definida com os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e a presidente da Corte, Rosa Weber.

O último voto do julgamento foi proferido por Rosa Weber. A ministra ressaltou que o 8 de janeiro não foi um "domingo no parque".

“Foi um domingo de devastação, o dia da infâmia, como designarei sempre. Um domingo de devastação do patrimônio físico e cultural do povo brasileiro, uma devastação provocada por uma turba, que, com total desprezo pela coisa pública, invadiu esses prédios históricos da Praça dos Três Poderes”, afirmou.

André Mendonça e Nunes Marques foram as principais divergências no julgamento e não reconheceram que o acusado cometeu o crime de golpe de Estado.

A sessão também foi marcada por um bate-boca entre Mendonça e Alexandre de Moraes.

Durante o julgamento, a defesa de Aécio Pereira disse que o julgamento do caso pelo STF é “político”. Segundo a defesa, o réu não tem foro privilegiado e deveria ser julgado pela primeira instância. Além disso, a advogado rebateu acusação de participação do réu na execução dos atos.

BATE-BOCA ENTRE MINISTROS

Mendonça insinuou que havia culpa do ministro da Justiça, Flávio Dino, pela depredação do Palácio do Planalto, o que foi considerado "um absurdo" por Moraes.

Mendonça lembrou que foi ministro da Justiça de Bolsonaro e alegou que, por isso, entendia que policiais da Força Nacional, subordinados à pasta, poderiam chegar rapidamente ao Palácio do Planalto durante a depredação de 8 de janeiro e supostamente, na sua visão, conter os golpistas. O argumento ecoava uma tese constantemente repetida por bolsonaristas, de que o ministro da Justiça, Flávio Dino, poderia supostamente ter feito algo a mais contra os golpistas se utilizasse a Força Nacional.

"Em todos os movimentos de 7 de setembro eu estava de plantão com uma equipe à disposição seja no Ministério da Justiça, seja com policiais da Força Nacional que chegariam aqui em alguns minutos. Não consigo entender como o Palácio do Planalto foi invadido da forma que foi invadido. Não vou entrar nesse mérito hoje. Minha intenção é avaliar a conduta do senhor Aécio Pereira", afirmou Mendonça.

Depois dessa menção feita por Mendonça à Força Nacional, Moraes reagiu com indignação. "Eu também fui ministro da Justiça e sabemos nós dois que o ministro da Justiça não pode autorizar a Força Nacional se não houver autorização do Governo do Distrito Federal", reagiu Moraes.

"Vossa excelência querer falar que culpa do 8 de janeiro é culpa do ministro da Justiça é um absurdo", acrescentou o relator.

"Vossa excelência que está dizendo isso", replicou Mendonça.

"Vossa excelência vem no plenário dizer que houve conspiração do governo contra o próprio governo. Tenha dó", criticou novamente Moraes.

"Não coloque palavras na minha boca", reagiu Mendonça.

SEGUNDA CONDENAÇÃO

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (14) Thiago de Assis Mathar a 14 anos de prisão. Ele é o segundo réu julgado pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Os ministros seguiram voto proferido pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, e entenderam que o réu cometeu cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Também ficou definido que o condenado deverá pagar solidariamente com outros investigados o valor de R$ 30 milhões de ressarcimento pela participação na depredação.

O réu estava no Palácio do Planalto, onde foi preso pela Polícia Militar. Ele continua preso no presídio da Papuda, no Distrito Federal.

O entendimento pela condenação pelos cinco crimes foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Rosa Weber.

Nunes Marques só reconheceu a condenação pelos dois crimes patrimoniais e absolveu o acusado por golpe de Estado e violação do Estado democrático. André Mendonça e Luís Roberto Barroso condenaram por quatro crimes.

A defesa de Thiago Mathar declarou que ele não participou da depredação do Palácio do Planalto. Segundo o advogado Hery Waldir, Thiago estava se "manifestando pacificamente". Pela versão do defensor, ele não participou da depredação do Palácio e entrou no prédio para “se abrigar”.

Deputados aprovam projeto de lei que taxa as apostas esportivas

 CONGRESSO

Governo espera arrecadar R$ 6 bilhões anuais a partir de 2026. Os recursos irão para Seguridade, Educação, Turismo e Esporte

Publicado em: 13/09/2023 21:26 | Atualizado em: 13/09/2023 21:27

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Arthur Lira, presidente da Camara dos Deputados, durante discussão e votação de propostas.  (foto: Zeca Ribeiro/Camara dos Deputados )
Arthur Lira, presidente da Camara dos Deputados, durante discussão e votação de propostas. (foto: Zeca Ribeiro/Camara dos Deputados )

Os deputados aprovaram, na noite desta quarta-feira (13/09), a proposta de projeto de lei que taxa as apostas esportivas on-line, como as chamadas "bets", modalidade que permite ao apostador adivinhar que jogador irá fazer um gol numa partida de futebol ou qual atleta levará um cartão amarelo, por exemplo.

 

A votação foi simbólica em sessão conduzida pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL). O governo, autor da medida provisória sobre o assunto, estima que vai arrecadar R$ 6 bilhões ao ano a partir de 2026. O cálculo é que, em 2024, esse montante comece com valores entre R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

 

As "bets" serão taxadas em 18% e esse total será distribuído para áreas diversas: a Seguridade ficará com 2%; Educação, com 1,82%; Esporte, com 6,63%; e Turismo, com 5%. A proposta inclui ainda a modalidade de cassinos virtuais.

 

Na votação, o governo contou até mesmo com boa parte da bancada evangélica, histórica opositora da legalização de jogos. Um dos líderes desse grupo, Sóstentes Cavalcante (PL-RJ), apesar de classificar a jogatina como "uma desgraça", anunciou que iria votar a favor, numa "homenagem" ao relator, deputado Adolfo Viana (PSDB-BA). 

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense 

TJPE recebe 1º processo que traz Lampião como réu

 DOCUMENTO

Material é datado da década de 1920 e possui 1.400 páginas manuscritas

Publicado em: 14/09/2023 18:38 | Atualizado em: 14/09/2023 19:00

Lampião e seu bando são acusados no processo judicial  (foto: Biblioteca Nacional)
Lampião e seu bando são acusados no processo judicial (foto: Biblioteca Nacional)

A história de Virgulino Ferreira da Silva, Vulgo Lapião, ganha um um novo episódio. Trata-se do primeiro processo judicial no qual o rei do cangaço aparece como réu. A peça conta com aproximadamente 1.400 páginas manuscritas e há muito tempo era procurada por pesquisadores e historiadores que se interessam pela trajetória de Lapião. 

 

O calhamaço, da década de 1920, chegou ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) na última quarta-feira (13/09). O material que estava com páginas esmaecidas, foi entregue pela família de Assis Timóteo, de Triunfo, no Sertão do Estado.

 

O documento está sob os cuidados da Comissão de Gestão da Memória e com o Memorial da Justiça, unidades do Judiciário pernambucano que atuam em nome da preservação da história da Justiça no Estado. O processo judicial está em fase de limpeza e conservação. Posteriormente Será digitalizado e em breve estará diponível por meio do site do Memorial Digital, que se encontra hospedado no Portal do TJPE. 

 

 

Os Crimes

 

O processo judicial narra em detalhes os crimes pelos quais os réus, Lampião e seu bando, foram acusados. Entre eles,  um homicídio que aconteceu em 20 de outubro de 1922, em São José do Belmonte, no Sertão pernambucano. Também é citado no documento a invasão da cidade e o massacre que deu fim à vida do industrial e coronel Luiz Gonzaga Gomes Ferraz.

 

   

     

Documento está sob os cuidados da Comissão de Gestão da Memória e com o Memorial da Justiça (foto: Mônica Pádua)
Documento está sob os cuidados da Comissão de Gestão da Memória e com o Memorial da Justiça (foto: Mônica Pádua)
 

 

O TJPE planeja organizar uma exposição com o material jurídico sobre o Cangaço em Pernambuco, trazendo detalhes também sobre juízes e desembargadores que atuaram nos processos. Já existe no Memorial outro processo, no qual Lampião surge como testemunha de defesa de um dos seus irmãos.

 

“Esse processo judicial que acabamos de receber é bastante procurado por pesquisadores e historiadores, pois é considerado um marco na história do Cangaço, já que assinala o fim definitivo da Era Sinhô Pereira e o início da trajetória de Lampião como líder de um bando de cangaceiros no Nordeste brasileiro”, explica a historiadora Mônica Pádua, chefe do Memorial da Justiça de Pernambuco. “O recolhimento de acervos históricos é uma das atividades mais importantes desenvolvidas pelo Memorial da Justiça, pois possibilita que os documentos sejam acessados por quem se interessar. Esse documento veio coroar o nosso acervo sobre o Cangaço, considerando que conta parte importante do início da história de Lampião como chefe do seu bando”, completa ela. 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Alívio no bolso Petrobras reduz preço do gás natural em 7,1% para distribuidoras

 BRASILSegundo a companhia, com mais essa redução, o gás natural acumulará redução de aproximadamente 25% no ano.

Em  

| Da RedaçãoAtualizado em 

Alívio no bolso Petrobras reduz preço do gás natural em 7,1% para distribuidoras

O preço de venda de gás natural terá redução média de 7,1% por metro cúbico, na comparação com o trimestre de maio a julho. O percentual considera a variação do preço do produto e do seu transporte por dutos.

Conforme a Petrobras, com a atualização, o preço do gás natural vendido pela empresa para as distribuidoras acumula redução de aproximadamente 25% no ano.

A redução, segundo a Petrobras, entra em vigor no dia 1º de agosto e segue de acordo com os contratos acertados pela companhia com as distribuidoras.

A empresa informou ainda que “os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio”.

De acordo com a Petrobras, para o trimestre em refe rência, “o petróleo teve queda de 3,8% e o câmbio teve apreciação de 4,8%”.

Segundo a Petrobras, o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, como também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora. Nessa análise, estão as suas margens, e no caso do GNV, dos postos de revenda e os tributos federais e estaduais.

“Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia ressalta que a atualização anunciada para 01/08/23 não se refere ao preço do GLP [gás de cozinha], envasado em botijões ou vendido a granel”, informa a estatal.

terça-feira, 18 de julho de 2023

Corpos de irmãos de 15 e11 anos que morreram afogados em praia de Peroba são liberados pelo IML

 Corpos de irmãos que morreram afogados em praia de Maragogi são liberados pelo IML

Em  | Da Redação

Atualizado em 

Corpos de irmãos de 15 e11 anos que morreram afogados em praia de Peroba são liberados pelo IML
Gabriel Bernardo (o menor) e o irmão Gustavo Bernardo (o maior) morreram afogados em Maragogi, AL — Foto: Arquivo pessoal

O Instituto Médico Legal de Alagoas (IML) liberou, na manhã desta terça-feira (18), os corpos dois dois irmãos que foram vítimas de um afogamento, na Praia de Peroba, em Maragogi, no Litoral Norte. De acordo com o IML, as vítimas foram identificadas como Gustavo Bernardo Leal, de 15 anos, e Gabriel Bernardo Leal, de 11 anos. 

VEJA“Pai, eu te amo”, disse um dos filhos antes morrer afogado em praia de Peroba

Os irmãos faziam uma trilha pelo mar, na tarde dessa última segunda-feira (17), acompanhados do pai e de um primo, um adolescente de 16 anos, quando foram surpreendidos pela força da correnteza do mar. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o pai conseguiu salvar o sobrinho, porém os irmãos submergiram em meio à correnteza. Os corpos deles foram encontrados por mergulhadores a 5m de profundidade.

Segundo a família, eles são naturais de São Paulo, mas os corpos serão velados e sepultados em Tomar do Geru, no estado de Sergipe, município onde nasceu a família paterna das vítimas.

Fatalidade deixou banhistas e bombeiros tristes. Foto: Isac Silva

Fatalidade deixou banhistas e bombeiros tristes. Foto: Isac Silva

 

Ex-PM executado em Boa Viagem tem “possível participação” em ocorrência policial no Interior

 PERNAMBUCOHomem assassinado era ex-PM e já havia sido preso por participação em grupo de extermínio

Em  | Da Redação

Atualizado em 

Ex-PM executado em Boa Viagem tem “possível participação” em ocorrência policial no Interior
Heleno José do Nascimento Júnior foi executado por tiros de arma de fogo de grosso calibre – Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Está sendo investigada a possível participação do ex-policial militar Heleno José do Nascimento Júniorassassinado na tarde desta segunda (17) no Recife, na ocorrência que resultou numa troca de tiros entre criminosos e agentes do Batalhão de Polícia Especializada do Interior (BEPI) da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) no município de Parnamirim, no Sertão.

Essa investigação acontece através de um Inquérito Policial Militar (IPM). Simultaneamente, a hipótese é estudada pela Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim. 

A operação no Sertão aconteceu na última quinta-feira (13), quando houve uma troca de tiros entre policiais e criminosos de alta periculosidade, após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontar a presença de uma dupla em posse de drogas e armas num carro de modelo Celta.

Homem assassinado era ex-PM e já havia sido preso por participação em grupo de extermínio

Eles trafegavam pela BR-316 quando receberam ordem de parada e ignoraram, dando início aos disparos. Dois criminosos foram atingidos e levados para uma unidade de saúde próxima, mas morreram.

Foram apreendidos uma espingarda calibre 12, um revólver calibre .38, cinco munições calibre 12 (três intactas, uma deflagrada e uma pinada), seis munições deflagradas calibre .38 e dois celulares.

Além disso, ele era citado na Justiça em processos da Procuradoria do Contencioso Cível e também do Juízo da Vara da Justiça Militar Estadual – ambos subordinados à Competência da Justiça Militar dos Estados.

Abaixo, confira na íntegra a nota da PMPE sobre o caso

“Em relação à possível participação da vítima na ocorrência envolvendo policiais do Batalhão de Polícia Especializada do Interior (BEPI), na semana passada no município de Parnamirim, a Polícia Militar esclarece que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) e que concomitantemente um Inquérito Policial foi instaurado na Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim, responsável pelas investigações.”

Veja momento em que filho de juiz é fuzilado em frente à padaria

 O filho do juiz tinha 41 anos e foi morto em uma avenida movimentada

Em  | 

Da RedaçãoAtualizado em 

Veja momento em que filho de juiz é fuzilado em frente à padaria
O filho do juiz tinha 41 anos e foi morto em uma avenida movimentada

Emanuel Fernandes Abelha, de 41 anos, foi vítima de uma execução a tiros de fuzil no último domingo (16), em frente a uma padaria localizada em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, região de fronteira entre Brasil e Paraguai. O homem morto é filho do juiz aposentado Mário Eduardo Fernandes Abelha e natural de Jaú, no interior de São Paulo.

Emanuel foi brutalmente alvejado com vários tiros de fuzil enquanto saía de um veículo. O crime ocorreu em plena luz do dia e foi registrado por uma câmera de segurança. Na imagem é possível ver que os atiradores estavam a bordo de um carro.

Após o ocorrido, a Polícia Militar se dirigiu ao local e encontrou a vítima já sem vida no chão. As equipes oficiais analisaram as imagens das câmeras de segurança para auxiliar nas investigações do crime.

A Polícia Civil evita falar sobre a principal linha de apuração. Até o momento, os suspeitos do homicídio encontram-se foragidos. O caso foi registrado como “homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima”.


Desenrola Brasil dá desconto de até 96% para quem pagar dívida à vista

 BRASIL

Adesão de bancos foi grande no 1º dia, mas especialista recomenda negociar sempre

Em  | Da Redação

Atualizado em 

Desenrola Brasil dá desconto de até 96% para quem pagar dívida à vista
Renegociação de dívidas começa nesta segunda-feira (17) — Foto: Reprodução

Bancos que aderiram ao Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do governo federal, oferecem parcelamentos de até dez anos e descontos de até 96% no montante em atraso no caso de quitação à vista. Ontem, no primeiro dia de renegociações no âmbito do programa, foi grande a adesão das instituições financeiras, interessadas nos benefícios tributários que o governo concedeu em contrapartida. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo liberou R$ 50 bilhões em créditos presumidos para os bancos.

Além de estabelecer uma negociação direta com os devedores, os bancos que aderiram ao Desenrola se comprometeram a limpar o nome de “negativados” com dívidas de até R$ 100 até 31 de dezembro de 2022, ainda que o débito se mantenha em aberto. Em troca, o Ministério da Fazenda vai acelerar o processo de reconhecimento de créditos tributários dos bancos.

Na prática, a cada R$ 1 de dívida renegociada, o banco terá R$ 1 a mais para novos empréstimos, com a antecipação do crédito tributário que receberia ao longo do ano, o que tem efeito positivo em seu balanço.

Alexandre Ferreira, assessor da Secretaria de Reformas Econômicas, disse que o governo fará um balanço do programa no fim desta semana. O diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Andrew Frank Storfer, atribui as condições aos benefícios tributários que interessam aos bancos. Mas observa que prazo, juros e desconto serão definidos considerando vários fatores:

Tenho conta de luz e gás atrasada: Posso participar do Desenrola?
— Não dá para esperar que o máximo de desconto seja para todo mundo. Vai depender do tamanho da dívida, do perfil do cliente, do tempo em que o débito está em atraso, entre outras considerações. Cada caso é um, e tudo tem que ser analisado — explica Storfer, que aconselha aos consumidores insistirem em condições melhores que as apresentadas logo de início, dado o interesse dos bancos. — Não dá para aceitar a primeira oferta.

Segunda fase em setembro

Na primeira etapa do programa, que começou ontem, apenas dívidas bancárias serão renegociadas. Esta fase é focada em pessoas que ganham até R$ 20 mil (a chamada faixa 2). Numa segunda etapa, prevista para setembro, quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640) mensais (agrupados na chamada faixa 1) também poderá renegociar dívidas com varejistas e concessionárias de serviços como água e luz, além das bancárias.

Uma plataforma digital permitirá uma espécie de leilão: a proposta de refinanciamento com maior desconto na dívida terá a garantia do Tesouro Nacional. O governo vai disponibilizar R$ 7,5 bilhões por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para cobrir eventuais calotes, o que, segundo Haddad, viabilizará a renegociação de um montante de dívidas equivalente a quatro vezes mais, de até R$ 30 bilhões. O programa vai até 30

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