Quem quiser ler o tal texto é só abrir o “Google” e pesquisar sobre “o 
analfabeto político”, o que é, tal qual declarado, o terror dos 
políticos profissionais, que jamais querem ver a população politicamente
 alfabetizada.
 Mas, eu enveredei hoje por esse tema porque ontem fui dormir um tanto 
quanto preocupado com uma pessoa amiga que, aparentemente, dizia ter 
independência política, porém está, agora, se rendendo aos encantos do 
intercâmbio estudantil, tão propalado pelo Governo Eduardo Campos. E a 
explicação para o atual silêncio veio quase inaudível, é que o filho 
dessa senhora está participando do “bendito” intercâmbio cultural.
 Primeiramente, fique claro que o governo não está fazendo mais do que a
 sua obrigação. Ele está tão somente devolvendo ao povo parte dos 
recursos gerais, que compulsoriamente retira desse povo através dos 
tributos.
 Não vejo nenhum político profissional como “bonzinho”. Nenhum deles 
“bate prego sem estopa”. Em tudo, do pouco que fazem (poderiam fazer 
muito mais – afinal foram eleitos para isto), só pensam no retorno 
político-eleitoral e na perpetuação no poder. O fim precípuo é o seu 
próprio marketing, ainda que necessite abusar da dor alheia.
 Em meio a alguns projetos idealizados e eles são profissionais nisto, 
surgem uns fatos que os políticos “mandatários de plantão” tiram 
proveito e aparecem na mídia pousando de bons samaritanos, como fizeram 
no recente caso da babá petrolinense.
 A verdade é que nenhum político mete a mão no bolso para ajudar a quem 
quer que seja. Criam fundos com o dinheiro público e fazem festa com o 
chapeu alheio.
 Estou torcendo para que as empresas (Pessoas Jurídicas) fiquem 
proibidas de fazer doações em campanhas político-eleitorais. É sabido 
que muitas delas doam para diversos candidatos concorrentes. 
Proporcionalmente quem está à frente nas pesquisas eleitorais recebe 
maior doação, quem está em desvantagem recebe menos. Ainda assim os 
vitoriosos ou os perdedores têm que emitir recibos eleitorais para os 
grandes empresários e o “troco” é dado na constância do mandato.
 Lamento profundamente que as pessoas se iludam com tão pouco. Tablets; 
Intercâmbio; Traslado de corpo; Esmolas enfim, frente à grande 
arrecadação que os entes Município, Estado e União Federal estão a 
recolher com avidez ano após ano. Mas, no fundo, a culpa deve ser 
distribuída entre aqueles que jamais conseguiram suplantar o seu próprio
 analfabetismo político.
 Severino Melo – para quem mandato não é emprego e política não é profissão. smelo2006@gmail.com